A família Civita fechou um acordo com o advogado Fabio Carvalho para a venda do Grupo Abril. O combinado é que ele fique com 100% das ações. O anúncio foi feito nesta quinta-feira (20). Entre outros produtos, Carvalho adquirirá a Exame e a Veja, revista com maior circulação do país.
Segundo o site Brazil Journal, os irmãos Giancarlo e Victor Civita, netos do fundados da empresa, Roberto Civita, receberão 1 valor simbólico de R$ 100 mil pela transação. Em contrapartida, Carvalho assumirá a Abril e as dívidas da empresa de R$ 1,6 bilhão com bancos fornecedores e funcionários.
Além do advogado, outros grupos demonstraram interesse na Abril, mas os irmãos Civita resistiram a vender a empresa para políticos e igrejas. No contrato final, Giancarlo e Victor impuseram ainda uma lista de princípios editorias que o novo controlador será obrigado a seguir. O contrato também veda e revenda da principal revista do grupo, a Veja.
Carvalho será CEO do grupo e de todas as unidades operacionais até que outros profissionais sejam contratados. O CFO da Abril será Lucas Martinelli, sócio do advogado na Legion Holdings. É por meio da Legion que Carvalho controla e reestrutura empresas em crise.
Em agosto , o Grupo Abril entrou com 1 pedido de recuperação judicial. Trata-se de uma medida prevista em lei para buscar reequilíbrio das contas. Segundo o grupo, Carvalho “foca suas atividades empresariais na aquisição de companhias em crise financeira com o objetivo de conduzir amplas reestruturações e trazê-las novamente ao estado de estabilidade e crescimento”.
A receita publicitária da Abril caiu mais de 50% nos últimos 5 anos, de acordo com o Brazil Journal. No mesmo período, as assinaturas permaneceram estáveis, com uma grande substituição da assinatura impressa pela digital. Já as vendas em bancas cai pela metade.
Em 2017, a editora teve 1 prejuízo de R$ 331,6 milhões. No ano anterior, o rombo foi de R$ 137, 8 milhões.
Apesar da dificuldade nas contas, o grupo ainda detém 15 títulos, entre revistas e sites, incluindo Claudia, Quatro Rodas e Superinteressante. Os 3 são líderes em suas categorias.
De acordo com a Abril, o negócio deve ser concluído até fevereiro.
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