Um grupo de petistas mais próximos da presidente do partido defende que Gleisi Hoffmann (PR) seja escolhida para o Ministério da Justiça no lugar de Flávio Dino, indicado por Lula para o Supremo Tribunal Federal. O presidente ouviu a tese antes de embarcar para o Oriente Médio.
Hoffmann foi inocentada das denúncias da Lava Jato, que, dentro do PT, é considerada uma operação superada. Poderia ser, ainda, um modo de compensá-la por seu algoz ter sido conduzido por Lula para a Procuradoria-Geral da República.
Gleisi Hoffmann tem mandato à frente do PT até 2025. Lula é grato por ela ter enfrentado uma tentativa interna de “virar a página” – ou seja, deixá-lo de lado ainda durante seu tempo na prisão. Rui Costa, então governador da Bahia e de olho na disputa presidencial de 2022, disse publicamente que o PT precisava avançar na independência de Lula. Hoje, é o chefe da Casa Civil.
Os aliados da deputada dizem que é justa a visibilidade que a Justiça daria a Hoffmann, que quer voltar ao Senado, seja na vaga de Sergio Moro (União Brasil-PR), seja nas vagas abertas na eleição de 2026. Lula é favorável ao projeto dela.
A questão é se o presidente vai atendê-la, porque no mesmo PT há quem defenda outros nomes, como Wadih Damous, ex-presidente da OAB-RJ e responsável pela Secretaria Nacional do Consumidor; Marco Aurélio Carvalho, do grupo Prerrogativas; e Jorge Messias, da AGU.
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