O presidente Jair Bolsonaro confirmou nesta quinta-feira (04) que prorrogará por mais dois meses o auxílio emergencial pago a pessoas de baixa renda, sobretudo trabalhadores informais, por conta da pandemia de covid-19.
Em live no Facebook, o presidente disse que a extensão já está acertada com o ministro da Economia, Paulo Guedes. E afirmou, sem especificar, que o valor será menor do que os R$ 600 pagos atualmente.
“Vai ter, também, acertado com o Paulo Guedes, a quarta e a quinta parcela do auxílio emergencial. Vai ser menor do que os R$ 600, para ir aí partindo exatamente para um fim”, afirmou.
Fontes do governo ouvidas pelo Valor Econômico informaram que o auxílio emergencial deve ser renovado com valor de R$ 300 e por mais dois meses. A extensão seria incluída em uma medida provisória em fase final de elaboração ou em algum texto já em tramitação no Congresso.
A se confirmar a medida, o custo fiscal adicional deve ser ao redor de R$ 50 bilhões, na soma dos dois meses. O benefício atual, de R$ 600, tem custo projetado de R$ 152 bilhões, segundo o Tesouro Nacional, sendo que metade do valor já foi repassado para as famílias beneficiárias.
Bolsonaro afirmou na live que, “cada vez que nós pagamos esse auxílio emergencial, dá quase R$ 40 bilhões”.
“É mais do que os 13 meses do Bolsa Família. O Estado não aguenta isso aí. O Estado, não, o contribuinte brasileiro não aguenta isso aí”, afirmou. “Então, isso vai deixar de existir. A gente espera que o comércio volte a funcionar, os informais voltem a trabalhar, bem como outros também que perderam emprego.”
Ele deu a entender ainda que os valores pagos a beneficiários do Bolsa Família podem ter um reajuste.
“Acho que o pessoal do Bolsa Família vai ter uma boa surpresa, não vai demorar não”, afirmou. “São pessoas que necessitam desse auxílio que parece que está um pouquinho baixo isso aí. Então, se Deus quiser, a gente vai ter uma novidade no tocante a isso aí.”
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