Há 22 dias no comando do Palácio do Planalto, o presidente Jair Bolsonarofará nesta terça-feira (22) sua estreia em um evento internacional, discursando na sessão plenária do Fórum Econômico Mundial, em Davos, na Suíça. O encontro anual dos mais ricos, poderosos e famosos do planeta começa nesta terça e se encerra na sexta-feira (25).
O fórum de Davos reúne políticos, investidores e outras lideranças com o objetivo de construir uma agenda econômica, regional e industrial em comum. O encontro deste ano tem como tema a “Globalização 4.0: Moldando uma arquitetura global na era da quarta revolução industrial”.
De acordo com a assessoria do Planalto, o presidente brasileiro será o primeiro chefe de Estado latino-americano a discursar na abertura da sessão plenária do Fórum Econômico Mundial. A fala de Bolsonaro está prevista para ocorrer a partir das 12h30 (horário de Brasília).
Ao desembarcar nesta segunda-feira (21) em Davos, o presidente afirmou que fará um discurso “muito curto” e “objetivo” para dizer que o Brasil busca negócios “sem viés ideológico”.
Bolsonaro e a comitiva brasileira devem retornar a Brasília na sexta-feira (25). Neste período em que o presidente está fora do país, o vice-presidente da República, Hamilton Mourão, está no comando do Planalto.
O presidente viajou à Suíça acompanhado do filho, o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), e de cinco ministros:
- Ernesto Araújo (Relações Exteriores)
- Paulo Guedes (Economia)
- Sérgio Moro (Justiça e Segurança Pública)
- Gustavo Bebianno (Secretaria Geral da Presidência)
- Augusto Heleno (Gabinete de Segurança Institucional)
Jair Bolsonaro é o quinto presidente brasileiro a participar do Fórum Econômico Mundial desde 1998. Os ex-presidentes Fernando Henrique Cardoso (1998), Luiz Inácio Lula da Silva (2003, 2005 e 2007), Dilma Rousseff (2014) e Michel Temer (2018) estiveram no encontro durante seus mandatos.
Recados ao mundo
O presidente da República afirmou que deseja mostrar aos participantes do fórum econômico que o governo dele está adotando medidas para recuperar a “confiança” no Brasil, com negócios “sem viés ideológico”.
Segundo o G1 apurou, Bolsonaro pretende usar a viagem à Suíça para defender a democracia e ressaltar a importância de aprovar reformas estruturantes no Brasil. Ele irá enfatizar à comunidade internacional que a aprovação de reformas, como a da Previdência, é essencial para o equilíbrio das contas públicas.
O presidente quer destacar ao mundo que o Brasil é um país favorável às privatizações e aberto a investimentos privados.
Regime Nicolás Maduro
A situação da Venezuela também está na pauta de Bolsonaro em Davos. O presidente deve participar na quarta-feira (23) de um “diálogo diplomático” que tem como objetivo discutir a “crise humanitária” no país sul-americano.
Na segunda-feira, Bolsonaro disse esperar que mude “rapidamente” o governo da Venezuela, comandado por Nicolás Maduro.
O brasileiro se reuniu na semana passada, em Brasília, com opositores de Maduro, a fim de aumentar a pressão contra o governo venezuelano. Maduro tomou posse em janeiro para um segundo mandato de cinco anos como presidente. Parte da comunidade internacional não reconhece o novo mandato do chefe de Estado venezuelano, e entre esses países está o Brasil.
G1
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