O diretor-geral da Polícia Federal (PF), Maurício Leite Valeixo, foi exonerado do cargo nesta sexta-feira (24). A exoneração ocorreu a pedido, segundo decreto assinado pelo presidente Jair Bolsonaro e pelo ministro da Justiça, Sergio Moro, e publicado no “Diário Oficial da União” desta sexta-feira (24).
De acordo com as colunistas da Globo News Cristiana Lôbo, Andreia Sadi e Natuza Nery, nesta quinta (23), Moro havia dito ao presidente que pediria demissão se Valeixo fosse demitido. Oficialmente, o Ministério da Justiça nega que Moro tenha chegado a pedir demissão.
Não há ainda um substituto para o comando da PF.
Nesta quinta, Moro foi comunicado da substituição Valeiro do comando da PF.
A intenção, segundo interlocutores, seria colocar na PF um nome próximo do presidente. O atual diretor-geral é visto como um “braço direito” de Sergio Moro na pasta. Com a troca, a avaliação é de que o sucessor não teria um perfil similar.
De acordo com Vicente Nunes, do Correio Braziliense, uma equipe da PF que investiga as fake news contra o Supremo Tribunal Federal (STF) teria identificado o mentor das publicações: Carlos Bolsonaro. Esses fatos são vistos como possíveis explicações para a discordância entre o presidente e o ministro em relação a Valeixo.
Na operação, os policiais responsáveis pelas investigações garantem que o filho do presidente, também conhecido como 02, é o condutor de ataques ao Supremo e ao Congresso.
Com isso, quando todo o aparato da investigação apontar para Carlos como o mentor, a crise estará instaurada. Além disso, ainda segundo a coluna há um processo aberto pelo STF para investigar esse movimento de notícias falsas.
A equipe que investiga o caso aberto pelo STF para analisar fake news também vai apurar quem foram os autores do protesto pró-ditadura, no qual Jair Bolsonaro participou no último domingo (19).
Redação
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