O número de pessoas diagnosticadas com o novo coronavírus no Brasil subiu para 28.320 e o total de mortes chega a 1.736. Os dados foram divulgados pelo Ministério da Saúde na tarde desta quarta-feira. No último balanço do governo, na terça-feira, o total de infectados chegava a 25.262 e 1.532 mortes confirmadas.
De acordo com o boletim divulgado nesta quarta-feira, nas últimas 24 horas o Brasil registrou o maior número de casos novos para um único dia: 3.058. O antigo recorde, segundo plataforma do Ministério da Saúde, havia sido no dia 8 de abril, quando foram registrados 2.210 casos. Em termos percentuais, o aumento no número de casos foi de 12%.
O novo boletim também mostra que, pelo segundo dia seguido, o Brasil registrou seu maior número de mortes em 24 horas. Foram 204 óbitos confirmados, o mesmo número de terça-feira. Em valores percentuais, o aumento no número de mortes foi de 13%.
Este é o primeiro boletim do Ministério da Saúde que registra mortes em todos os estados. Até terça-feira, não havia óbitos em Tocantins. Agora, o estado aparece com um óbito por Covid-19 e 26 casos confirmados.
São Paulo e Rio de Janeiro permanecem como os estados com dados mais expressivos. São 11.043 casos e 778 mortes em São Paulo. No Rio, 3.743 casos e 265 óbitos.
Ceará vem em terceiro em número de casos: 2.157, com 116 mortes. Mas Pernambuco supera o Ceará na quantidade de óbitos: 143, para 1.484 casos confirmados.
Entrevista
Em entrevista coletiva para atualização de dados da pandemia de covid-19 no país, o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, disse que recebeu, na manhã de hoje (15) o pedido de demissão do secretário de Vigilância em Saúde, Wanderson de Oliveira, e não aceitou a saída do gestor. “Nós [ele e sua equipe] entramos juntos e vamos sair juntos”, disse Mandetta, no Palácio do Planlato.
No início da tarde desta quarta-feira, o Ministério da Saúde informou à imprensa que Wanderson de Oliveira havia pedido demissão.
Também presente na coletiva, o secretário disse que enviou uma comunicação à sua equipe: “Não pedi demissão diretamente ao ministro, falei à minha equipe. Vamos nos preparar para sair juntos com o ministro Mandetta. Este processo vem sendo discutido há algumas semanas. Chega um ponto que estamos entendendo que vários dos processos estão bem adiantados. Esta etapa agora da emergência é muito mais da assistência do que da vigilância. Mas não vou deixar o ministro e estamos juntos”
Mandetta elogiou a equipe técnica do órgão e disse, no entanto, que a situação de “descompasso” já é pública, tendo inclusive recebido consultas de pessoas que vêm sendo sondadas pelo governo para sua substituição como titular da pasta. Diante da situação, o ministro afirmou que mantém sua posição de só sair por decisão do presidente Jair Bolsonaro ou depois do fim do trabalho neste momento da pandemia.
“Parece que eu sou contra o presidente, mas não. São visões diferentes do mesmo problema. Ninguém é dono da verdade. Eu não sou. Temos um conjunto de informações que nos levam a ter conduta de cautela”, declarou.
O ministro fez uma espécie de balanço sintético de sua gestão e ressaltou que o ministério fez um “trabalho elogiado” por órgãos como Organização Mundial da Saúde (OMS) e o Banco Mundial. Ele avaliou que o trabalho do ministério foi “bem” e contribuiu, juntamente com outros gestores e com a sociedade, para “achatar a curva” do contágio do coronavírus.
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