O governo Jair Bolsonaro lança na próxima semana a campanha publicitária pela aprovação no Congresso do pacote anticrime , do ministro da Justiça, Sergio Moro . A propaganda, que será apresentada em cerimônia no doa dia 12 de junho no Palácio do Planalto, usará depoimentos e casos reais de vítimas de violência em busca de apoio da população ao projeto , enviado em fevereiro ao Congresso. No mês passado, o governo adotou estratégia semelhante, ao colocar nas ruas a propaganda em defesa da reforma da Previdência .
A campanha do pacote anticrime será baseada em três pilares: redução de crimes violentos, combate à corrupção e enfrentamento de organizações criminosas, temas que estiveram entre as principais promessas eleitorais do presidente Bolsonaro. Os detalhes da propaganda foram definidos pessoalmente pelo ministro Moro, que também aprovou as peças publicitárias.
O projeto de lei anticrime propõe alterações em 14 leis, como os códigos Penal, de Processo Penal e Eleitoral, além das legislações que tratam de crimes hediondos e execução penal.
A proposta do ex-juiz Moro ainda não começou a tramitar formalmente e está em análise em um grupo de trabalho na Câmara dos Deputados. O desejo do governo era que tramitasse simultaneamente ao texto da reforma da Previdência, mas ficou para ser apreciada em um segundo momento. O presidente da Câmara, o deputado Rodrigo Maia (DEM-RJ), argumentou que não era viável ter duas pautas polêmicas para serem analisadas e votadas ao mesmo tempo.
A estratégia, definida pela Secretaria de Comunicação (Secom), visa sensibilizar as classes com renda mais alta e formadores de opinião para a proposta de Moro.
A campanha é assinada pela agência Artplan, a mesma responsável pela publicidade da reforma da Previdência, lançada em maio e prevista para ser encerrada em julho, quando o governo já espera ter aprovado as novas regras para a aposentadoria.
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