Criminosos voltaram a cometer ataques criminosos neste domingo (13) no Ceará, 12º noite seguida da onda de violência que atinge o estado. Os bandidos explodiram uma bomba em uma ponte em Fortaleza, metralharam a sede da Guarda Municipal e incendiaram um ônibus escolar no município de Saboeiro, interior do Ceará. Ninguém se feriu.
Desde o dia 2 de janeiro, ocorreram 204 ataques criminosos em 45 cidades. A série de atentados começou em Fortaleza, foi para a Região Metropolitana e se espalhou pelo interior. De acordo com a Secretaria da Segurança Pública, 358 pessoas foram capturadas por envolvimento nos crimes. O Ministério da Justiça confirmou que enviará reforço da Polícia Rodoviária Federal (PRF) para o estado.
A ponte atacada pelos bandidos na última noite liga o Bonsucesso a outros bairros da região. Segundo testemunhas, homens passaram em um carro e jogaram explosivos no local. Um dos artefatos explodiu. Moradores do local informaram que os telhados das residências tremeram durante a explosão.
A base da Guarda Municipal de Fortaleza, na Avenida Juscelino Kubitscek, no Bairro Passaré, também foi atacada durante a noite. De acordo com a Polícia Militar, os suspeitos passaram em frente ao local, atiraram e fugiram. No local funciona a inspetoria da Guarda Municipal de Fortaleza e estão guardados os veículos da Guarda e da Autarquia Municipal de Trânsito (AMC).
Além dos ataques, uma granada foi encontrada na estação de metrô do São Miguel, no município de Caucaia, Região Metropolitana de Fortaleza. Segundo a Polícia, o material estava no chão da estação e não chegou a detonar. O esquadrão antibombas foi chamado e usou um robô para recolher o explosivo.
Entenda o que está acontecendo no Ceará
- O governo criou a secretaria de Administração Penitenciária e iniciou uma série de ações para combater o crime dentro dos presídios.
- O novo secretário, Mauro Albuquerque, coordenou a apreensão de celulares, drogas e armas em celas. Também disse que não reconhecia facções e que o estado iria parar de dividir presos conforme a filiação a grupos criminosos.
- Criminosos começaram a atacar ônibus e prédios públicos e privados. As ações começaram na Região Metropolitana e se espalharam pelo interior.
- O governo pediu apoio da Força Nacional. O ministro da Justiça e Segurança Pública, Sérgio Moro, autorizou o envio de tropas; 406 agentes da Força Nacional reforçam a segurança no estado.
- A população de Fortaleza e da Região Metropolitana sofre com interrupções no transporte público, com a falta de coleta de lixo e com o fechamento do comércio.
- A onda de violência afastou turistas e fez a ocupação hoteleira no estado cair.
- 35 membros de facções criminosas foram transferidos do Ceará para presídios federais desde o início dos ataques, segundo o último balanço do Ministério da Justiça.
Discussion about this post