O ministro Luis Felipe Salomão, do Superior Tribunal de Justiça (STJ), determinou o afastamento, por 180 dias, do desembargador Siro Darlan de Oliveira, do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJRJ).
A medida é uma das ações que desencadearam a segunda fase da Operação Plantão, que investiga venda de sentenças. Nesta quinta-feira (9), a PF tentava prender quatro pessoas — uma delas é o filho de Siro Darlan. O ministro negou pedido de prisão contra o desembargador feito pela Polícia Federal.
Agentes cumprem ainda 15 mandados de busca e apreensão. Equipes estão no RJ e em Santa Catarina.
Ao G1, o Tribunal de Justiça afirmou que não se manifestará sobre decisão do STJ. “Porém, vamos perguntar ao desembargador se ele gostaria de se manifestar e, caso ele queira, avisamos a vocês”, emendou.
Venda de sentenças
O magistrado foi denunciado à Corte pela Procuradoria-Geral da República (PGR) sob acusação de corrupção passiva. Ele é investigado por suspeita de ter recebido R$ 50 mil em troca de uma decisão judicial e por suspeita de envolvimento em esquema de venda de sentenças.
Investigadores dizem que há provas de envolvimento do filho e de seu sócio com a milícia. Agora, os investigadores querem aprofundas as apurações e analisar os indícios de que o grupo também tentou envolver outros desembargadores que não sabiam do esquema.
Salomão autorizou a coleta de novas provas e ainda as quebras do sigilo bancário (2014 a 2020) e fiscal (ano de 2019) do desembargador e outras pessoas, além do bloqueio de bens, carros e imóveis, que foram requeridos pela subprocuradora-geral da República, Lindôra Maria Araújo.
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