Influenciado pelo mercado doméstico e internacional, o dólar teve a maior queda diária desde o fim de janeiro e voltou a fechar abaixo de R$ 5,70. A bolsa de valores teve um dia de recuperação e aproximou-se dos 113 mil pontos.
O dólar comercial encerrou esta quarta-feira (10) vendido a R$ 5,652, com recuo de R$ 0,145 (-2,5%). A cotação chegou a operar em alta nos primeiros minutos de negociação, mas passou a cair de forma consistente, até fechar próxima da mínima do dia. A divisa teve a maior queda diária desde 26 de janeiro, quando tinha caído 2,8%.
No mercado de ações, a bolsa teve um dia de ganhos. O índice Ibovespa, da B3, fechou o dia aos 112.764 pontos, com alta de 1,29%. O indicador abriu com ganhos, registrou momentos de queda no início da tarde, mas consolidou a tendência de alta perto do fim das negociações, influenciado pelo Brasil e pelo exterior.
No Brasil, o avanço da votação da proposta de emenda à Constituição (PEC) Emergencial animou os mercados. O texto-base foi aprovado hoje de madrugada pelos deputados, com os destaques sendo discutidos ao longo desta quarta-feira. A proposta permite a recriação do auxílio emergencial com corte de gastos obrigatórios no médio e no longo prazos como contrapartida.
As intervenções do Banco Central (BC) no mercado de câmbio contribuíram para a queda do dólar. Hoje, a autoridade monetária vendeu US$ 1 bilhão em contratos de swap cambial (que equivalem à venda de dólares no mercado futuro) e leiloou US$ 405 milhões das reservas cambiais no mercado à vista.
No exterior, o dia foi marcado pela euforia com a aprovação final do pacote de ajuda de US$ 1,9 trilhão pela Câmara de Representantes dos Estados Unidos. A medida, que agora será sancionada pelo presidente Joe Biden, permitirá a injeção de dólares na economia global, pressionando para baixo a cotação da moeda norte-americana e estimulando a recuperação da maior economia do planeta da crise gerada pela pandemia de covid-19.
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