Influenciado pelo aumento da taxa Selic (juros básicos da economia) e pelo alívio no mercado internacional, o dólar teve queda expressiva nesta quinta-feira (6) e fechou no menor nível desde meados de janeiro. A bolsa de valores, B3, operou em baixa durante quase toda a sessão, mas recuperou-se perto do fim das negociações e encerrou com pequena alta.
O dólar comercial fechou o dia vendido a R$ 5,279, com recuo R$ 0,087, 1,62%. A cotação chegou a subir para R$ 5,37 no início da sessão, mas reverteu a tendência ainda durante a manhã e passou a cair. A moeda norte-americana está no menor valor desde 14 de janeiro, quando fechou a R$ 5,212. A cotação acumula queda de 2,8% em maio e alta de 1,73% em 2021.
No mercado de ações, o dia foi marcado por oscilações. O índice Ibovespa, da B3, encerrou a quinta-feira aos 119.921 pontos, com alta de 0,3%. Depois de cair 0,4% por volta das 11h30, o indicador passou quase toda a tarde em queda, fechando em território positivo impulsionado por ações de mineradoras, que registraram lucros expressivos no primeiro trimestre em meio à valorização internacional do minério de ferro.
O principal motivo para o desempenho de hoje no mercado financeiro foi a indicação, pelo Banco Central, de que deverá promover uma nova alta de 0,75 ponto percentual na taxa Selic na próxima reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), marcada para junho. A decisão elevaria a Selic de 3,5% para 4,25% ao ano, fazendo o Brasil ter taxa maior que a do México, onde os juros básicos estão em 4% ao ano, e tornando o mercado brasileiro mais atrativo em relação a outros países emergentes.
Paralelamente, a alta dos juros torna a bolsa de valores menos atraente, ao estimular a migração de investimentos para a renda fixa, como CDB e títulos do Tesouro Nacional.
Além do balanço de empresas de mineração, a bolsa não encerrou com queda porque teve a ajuda do mercado norte-americano, com o índice Dow Jones (da bolsa de Nova York) voltando a fechar em nível recorde.
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