O dólar opera em alta nesta quinta-feira (7), voltando a se aproximar do patamar de R$ 3,90, em meio a maior cautela no cenário externo e com investidores de olho no cenário político local e na tramitação da reforma da Previdência.
Às 13h03, a moeda norte-americana subia 0,95%, vendida a R$ 3,8707. Na máxima do dia até o momento chegou a R$ 3,8788, maior cotação intradia desde 2 de janeiro (R$ 3,8978). Veja mais cotações.
A cotação da moeda reage a notícias da Europa: mais cedo, o BC europeu cortou as previsões de crescimento e inflação na região, e adiou para o próximo ano a sua primeira alta de juros pós crise. A autoridade também ofereceu aos bancos novas rodadas de empréstimos baratos.
A medida de estímulo já era prevista por agentes financeiros globais, mas os cortes nas projeções, com Mario Draghi, presidente do BCE, citando um “período de fraqueza contínua e incerteza disseminada”, foram uma surpresa, levando rendimentos de títulos do governo e o euro a caírem, segundo a Reuters.
De acordo com o operador de câmbio da Advanced Corretora, Alessandro Faganello, a fala de Draghi estressou o mercado, sobretudo o comentário de que os cortes nas previsões estão relacionados à desaceleração do crescimento global. “O estímulo já era esperado, mas os cortes de repente abrem uma discussão maior”, avaliou.
Na quarta-feira, o dólar encerrou a sessão em alta de 1,46%, a R$ 3,8342 – maior cotação de fechamento desde 28 de dezembro (R$ 3,8742), refletindo ajustes de posições após dois dias sem pregão e de olho na cena política local.
O Banco Central realiza nesta quinta-feira leilão de até 14,5 mil swaps cambiais tradicionais, correspondentes à venda futura de dólares, para rolagem do vencimento de abril, no total de US$ 12,321 bilhões.
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