Em um dia de nervosismo internacional, o dólar ultrapassou a barreira de R$ 4,90 e atingiu o maior valor em três semanas. A bolsa de valores caiu pela quinta vez seguida e está no menor nível em 20 dias.
O dólar comercial encerrou esta quinta-feira (9) vendido a R$ 4,916, com alta de R$ 0,026 (+0,52%). A moeda norte-americana alternou altas e baixas ao longo do dia, chegando a R$ 4,86 na mínima do dia por volta das 9h30. No entanto, com a deterioração do mercado externo, a cotação ganhou força perto do fim das negociações.
A moeda está no maior valor desde 19 de maio, quando tinha encerrado em R$ 4,917. A divisa acumula alta de 3,43% em junho. Em 2022, no entanto, o dólar cai 11,84%.
O dia também foi tenso no mercado de ações. O índice Ibovespa, da B3, fechou aos 107.094 pontos, com recuo de 1,18%. Influenciado pelas bolsas norte-americanas, que também tiveram forte queda, o Ibovespa operou em baixa durante toda a sessão. A bolsa brasileira está no menor nível desde 19 de maio, quando tinha fechado pouco acima de 107 mil pontos.
Pela manhã, a divulgação da inflação oficial em maio arrefeceu o mercado. Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) caiu para 0,43% no mês passado. O dado veio inferior ao esperado pelos analistas financeiros.
Durante a tarde, no entanto, o cenário externo voltou a pesar. Amanhã (10), os Estados Unidos divulgarão o índice de inflação ao consumidor final, que está no maior nível em 40 anos. Caso a taxa venha acima do previsto, aumentarão as apostas de que o Federal Reserve (Fed, Banco Central norte-americano) endureça o reajuste dos juros na maior economia do planeta. Taxas mais altas em países avançados estimulam a fuga de capitais de países emergentes, como o Brasil.
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