A Secretaria Especial do Audiovisual, ligada à Secretaria Especial de Cultura, liberou 400.000 reais para o Instituto Vladimir Herzog produzir um perfil biográfico e um documentário sobre o bispo Dom Angélico Sândalo Bernardino.
Em abril de 2018, Dom Angélico, da Diocese de Blumenau, protagonizou uma das cenas mais bizarras da política brasileira. Foi ele quem celebrou a famosa missa no Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, em São Paulo, onde o ex-presidente Lula se refugiou para tentar resistir à prisão.
Amigo pessoal de Lula, o bispo era um dos impulsionadores da versão fantasiosa de que o ex-presidente, condenado por corrupção, era simplesmente um perseguido político. “Houve um golpe. Cinquenta por cento quando tiraram a Dilma e 50% quando impediram você, Lula, de ser candidato”, disse Dom Angélico, durante sua passagem pelo constrangedor ato que antecedeu a prisão.
A liberação dos recursos para a realização da biografia do bispo foi assinada pelo secretário de Audiovisual do governo Bolsonaro, Bruno Graça Melo Cortes, e pelo presidente do Instituto Vladimir Herzog, Rogério Sottili.
O Instituto Vladimir Herzog promove uma forte oposição a Jair Bolsonaro. Em maio deste ano, a entidade apresentou denúncia contra o governo à Corte Interamericana de Direitos Humanos, acusando o presidente de promover a desinformação e insultar a memória de vítimas da ditadura militar.
As informações são da revista Veja
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