Ao ser diplomado presidente no dia 10 dezembro, Jair Bolsonaro destacou em seu discurso que o poder público “não precisa mais de intermediação” porque “as novas tecnologias permitiram uma relação direta entre o eleitor e seus representantes”. Uma análise das redes sociais desde a eleição sugere que essa conexão direta influencia medidas do novo governo, pontua O Globo.
Na última quinta-feira, num caso emblemático, Bolsonaro, após ser pressionado por sua base via Twitter e Facebook, ordenou que o ministro da Justiça, Sergio Moro, retirasse a indicação da cientista política Ilona Szabó para suplente do Conselho Nacional de Política Criminal e Penitenciária. Ilona é diretora do Instituto Igarapé, ONG que faz estudos na área da segurança pública. Para os apoiadores do presidente nas redes, Ilona se resumia a uma opositora da flexibilização do porte de armas.
Também na última semana, o ministro da Educação, Ricardo Vélez Rodríguez, recuou do pedido para que diretores de escolas lessem o slogan de campanha de Bolsonaro para alunos antes de uma cerimônia em que deveria ser cantado o hino nacional. A notícia havia repercutido mal na web.
O Globo
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