Em ato de campanha na Avenida Paulista neste domingo, o candidato à presidência Fernando Haddad (PT) fez gestos de acenos ao PSDB e à candidatura de Ciro Gomes (PDT). Empatado com 13% das intenções de votos com Ciro na corrida ao Planalto e já na frente de Geraldo Alckmin (PSDB), que tem 9%, segundo a última pesquisa Datafolha, Haddad afirmou que considera possível um diálogo com o PSDB depois das eleições, informa O Globo.
Sobre Ciro, lembrou que aposta no apoio do pedetista no segundo turno e defendeu a construção do que chamou de “plataforma comum”, ao comentar as propostas de ambos.
Haddad disse que está aberto a conversas com aqueles que fizeram uma autocrítica em relação ao apoio do impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff e a participação no governo do presidente Michel Temer.
“Tem muitas pessoas que apoiaram o golpe de 2016 e estão revendo sua posição. O próprio PSDB já fez uma autocrítica. Isso é muito importante porque constrói possibilidades de diálogo depois das eleições”, disse o petista.
Moderado, Haddad manteve acionada uma espécie de cláusula de não agressão ao ser instado a comentar sobre denúncia contra Alckmin na edição do jornal Folha de S. Paulo deste domingo. O jornal trouxe reportagem que afirma que decretos de desapropriações da gestão do tucano beneficiaram seus familiares que embolsaram R$ 3,8 milhões. “Não vou ser irresponsável de falar sobre assunto que não tenho conhecimento. Nós devemos nos respeitar como adversários, mas saber que tem algo maior a ser preservado, que é o interesse do país. A hora agora é de apresentar propostas em todas as áreas. E com normalidade chegar ao 7 de outubro para ver quem vai para o segundo turno”, completou.
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