A Justiça Federal determinou nesta sexta-feira a libertação do empresário Joesley Batista, do grupo J&F. O juiz Marcus Vinícius Reis Bastos, da 12ª Vara Federal de Brasília, revogou a prisão preventiva de Joesley no processo em que ele é acusado de mentir em seu acordo de delação premiada com a Procuradoria-Geral da República (PGR).
O empresário estava preso em São Paulo deste setembro do ano passado. Além dele, o ex-diretor da JBS Ricardo Saud também teve a liberdade decidida.
Em pouco mais de um mês, foram revogados os dois mandados de prisão que vigoravam contra Joesley Batista. Em fevereiro, o Superior Tribunal de Justiça (STJ) concedeu um habeas corpus contra ele e o irmão, Wesley Batista, no processo em que estes respondem pelo uso de informações da própria delação para obter vantagens indevidas na Bolsa de Valores de São Paulo.
Na ocasião, Wesley foi solto, porque só pesava contra ele uma ordem de prisão. Joesley continuou preso, em virtude de outro processo.
Como justificativa para libertá-lo, o juiz Reis Bastos, da recém-criada 12ª Vara, alegou o “induvidoso excesso de prazo da prisão cautelar”. Ele também argumentou que o empresário tem residência e atividades conhecidas, o que justifica que seja posto em liberdade.
Para evitar a fuga, ficarão retidos os passaportes de Joesley e Saud, com ambos proibidos de deixar o Brasil. Procurada por VEJA, a J&F disse que não se manifestaria sobre o caso.
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