Parte dos pagamentos suspeitos de R$ 132 milhões da Oi para empresas do filho do ex-presidente Lula da Silva (PT), investigado na 69º fase da Operação Lava Jato, pode ter sido usado para a compra do sítio de Atibaia.
A operação, batizada de Mapa da Mina, foi deflagrada na manhã desta terça-feira (10/12/2019) pela Polícia Federal (PF), em conjunto com o Ministério Público Federal (MPF) e a Receita Federal.
Os agentes investigam supostos repasses financeiros feitos por empresas do grupo Oi/Telemar a Gamecorp/Gol, controlado por, entre outros, Fábio Luis Lula da Silva, o Lulinha, filho do ex-presidente. O inquérito aponta que os pagamentos, feitos entre 2004 e 2016, ultrapassaram o valor de R$ 132 milhões.
“A maior parte do dinheiro empregado para a aquisição desses dois sítios pode ter tido origem nos recursos repassados pelo grupo Oi/Telemar para um complexo de empresas criadas por Fábio Luis Lula da Silva, Jonas Suassuna, Kalil e Fernando Bittar”, explicou Roberto Pozzobon, procurador do MPF.
De acordo com os investigadores, Lulinha é sócio de Fernando e Kalil Bittar e do empresário Jonas Suassuna em pelo menos nove empresas. Eles também aparecem como proprietários do sítio de Atibaia.
“A investigação inicia a partir do aprofundamento de uma ação penal já ajuizada, a ação penal na qual o ex-presidente Lula foi denunciado e condenado por ter participado de um esquema criminoso que envolveu a prática e o repasse por duas empreiteiras de valores sob a reforma no sítio de Atibaia”, detalhou o procurador.
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