O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), decidiu adiar a votação da PEC dos Benefícios por receio de falta de quórum no plenário da Casa. A próxima sessão está marcada para terça-feira (12), às 13h55.
Lira disse que não ia arriscar votar a proposta com o número de deputados presentes na casa, de 427. Para ser aprovado em plenário, o texto precisa ter o apoio de pelo menos três quintos dos parlamentares (308 dos 513 deputados), em dois turnos de votação.
Se o resultado seguir a tendência vista na comissão especial, a PEC deve ser aprovada, já que teve voto favorável inclusive da oposição. Apenas o partido Novo votou contra.
Apesar de ter votado a favor da matéria na comissão, a oposição conseguiu fazer com que a sessão fosse adiada, com uma série de requerimentos, pedidos de vista e discursos. Ao longo das discussões, os parlamentares governistas começaram a deixar o plenário.
O quórum também não garantia que os destaques – sugestões de alterações ao texto – apresentados pela oposição fossem rejeitados, na avaliação de governistas. Para a oposição, o adiamento é considerado uma derrota do governo Bolsonaro e de Lira.
No início da sessão do plenário, deputados de oposição, não somente de partidos de esquerda, tentaram obstruir a votação com ações previstas no regimento da Casa. A análise do texto levou mais tempo por causa da obstrução, mas não havia sido interrompida até a decisão de Lira de encerrar a sessão por causa do quórum considerado insuficiente para a aprovação da PEC com certa folga.
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