Um dos grandes nomes do jornalismo brasileiro, Alberto Dines morreu aos 86 anos. Segundo a mulher do jornalista, Norma Couri, ele teve a morte confirmada na manhã desta terça-feira. Dines estava internado há dez dias no Hospital Albert Einstein, em São Paulo. Ele deixa mulher e quatro filhos.
O jornalista pegou uma gripe da mulher, que se agravou e virou pneumonia. Dines sofreu com a deficiência respiratória e não resistiu nesta terça-feira. O hospital informou que o paciente morreu às 7h15m. O velório deve ocorrer em São Paulo, cidade em que o profissional vivia.
Dines iniciou sua carreira como crítico de cinema da revista “A Cena Muda”, em 1952, segundo o seu perfil no Centro de Pesquisa e Documentação de História Contemporânea do Brasil (CPDOC-FGV). No ano seguinte, assumiu o posto de repórter na revista “Visão” e cobriu arte, teatro e cinema. Na sequência, lançou-se também pelo jornalismo político. Em 1957, se uniu à produção da revista “Manchete”, na qual atuou como assistente de direção e secretário de redação. Demitiu-se da publicação após desentendimentos com o proprietário, Adolpho Bloch.
Em 1959, começou a dirigir o segundo caderno do jornal “Última Hora”. No ano seguinte, assumiu a chefia da revista “Fatos e Fotos” e colaborou com o jornal “Tribuna da Imprensa”, pertencente ao “Jornal do Brasil”. Pouco depois foi convidado para dirigir o “Diário da Noite”, de Assis Chateaubriand.
A partir de 1962, Dines foi editor-chefe do “Jornal do Brasil”, no qual se destacou até 1973. Depois de passagem pelos Estados Unidos, assumiu a chefia da sucursal da “Folha de S. Paulo”, do qual saiu em 1980 para colaborar no semanário “O Pasquim”. Foi ainda secretário editorial e diretor-editorial-adjunto da Editora Abril.
OGlobo
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