Enquanto o Brasil registra aumento exponencial no número de casos, óbitos e internações por Covid-19, Manaus se encontra em uma situação bem diferente do restante do país: as taxas diminuíram. O estado do Amazonas, entretanto, já começou a se preparar para a terceira onda da pandemia. Os manauaras e os governantes locais não querem rever as imagens do sistema de saúde colapsado e famílias desesperadas tentando encontrar oxigênio.
“A Europa acaba sendo um espelho: quando agrava lá, a situação piora em Manaus, e a gente acaba sendo referência para todo o Brasil. É como se fosse um guia do que virá acontecer depois”, afirmou o governador do Amazonas, Wilson Lima, em live.
O desafio de distribuir as vacinas em um estado que tem dimensões continentais e muitas dificuldades de acesso em diversos municípios e o ritmo lento de imunização, agravado pela entrega picada de doses, são situações que podem contribuir para uma piora nos índices da doença.
De acordo com o diretor-presidente da Fundação de Vigilância em Saúde do Amazonas (FVS-AM), Cristiano Fernandes, para saber se vai haver nova onda, a “matemática” é simples. “O vírus está circulando, e a dinâmica da doença está ligada diretamente ao comportamento das pessoas. As pessoas ficam mais expostas a partir do momento em que ignoram as medidas necessárias de restrição: evitar locais de aglomeração, usar a máscara, fazer higienização nas mãos. Se há aumento de exposição, aumenta-se o risco e os casos”, explicou.
Plano emergencial
O governo do Amazonas elaborou um plano de contingência que se baseia em cenários epidemiológicos para ser adotado se houver aumento de casos e internações por causa da Covid-19.
O plano contém 10 eixos, que vão desde medidas de enfrentamento; detalhamento da rede de urgência e emergência; projeção de leitos clínicos e de UTI; fortalecimento do sistema primário, abastecimento de oxigênio, até ações de transferências interestaduais e intermunicipais e de comunicação.
Do Metrópoles
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