A pandemia acelerou transformações importantes, como a migração do varejo tradicional para o e-commerce, o aumento da conectividade, e a revolução comportamental. E, se a necessidade é considerada a mãe de todas as invenções, aprender a aprender passou a ser uma habilidade chave para se adaptar à nova realidade.
Toda essa turbulência vem provocando uma verdadeira revolução no universo da educação, com transformações que se estendem desde a educação infantil até os níveis mais especializados de treinamento e desenvolvimento profissional
Por isso, grandes empresas apostam na criação ou na utilização da educação baseada na tecnologia como peça fundamental para o desenvolvimento de suas equipes e para a formação de novos profissionais. Esse contexto de transformação contínua coloca as EdTechs (startups de tecnologia para a educação) na mira de grandes investidores.
Para ter uma ideia desse mercado, dados do EdTechX Global Report apontam que mais de 1,7 bilhões de alunos (cerca de 90%) ficaram impossibilitados de frequentar aulas na modalidade presencial, forçando a ampliação da educação à distância em todos os níveis de ensino em todo o mundo.
Desta forma, seja para aperfeiçoar as chamadas hard skills (habilidades técnicas) ou para desenvolver as soft skills (habilidades comportamentais), a indústria da educação tecnológica cresce e movimenta a criação de interfaces adaptáveis, capazes de impulsionar o envolvimento em sala de aula, de reter por mais tempo o aluno na plataforma e estimular a busca ativa por conhecimento.
Genuinamente Brasileiro
No Brasil temos o exemplo da Conquer – empresa fundada em 2016 com foco em treinamentos nas áreas de inovação, tecnologia, marketing digital, soft skills e treinamentos corporativos. Durante a pandemia, a empresa precisou reinventar seu modelo de negócios para não perder alunos.
Logo no início das medidas de distanciamento social, a empresa se viu obrigada a transformar, num período de 72 horas, todos os seus cursos presenciais para o formato online. A partir dessa mudança, a empresa viu a quantidade de alunos saltar de 30 mil para 600 mil alunos.
No início deste mês (06/21), foi anunciado um acordo para a aquisição da EdTech pela Wiser Educação, empresa do empreendedor Flávio Augusto da Silva, que também responde pelas marcas: Wise Up, Number One, meuSucesso.com, Power House e Buzz.
Quer saber mais sobre o mercado das Edtechs? Confira abaixo 4 tendências que devem orientar o desenvolvimento de novos negócios.
Tendências de mercado
1.Aprendizagem e desenvolvimento profissional
Embora ainda não se possa mensurar com segurança os impactos da Covid-19, o desemprego ou o medo de perder o emprego estão entre os efeitos mais significativos do momento. Isso vem levando a uma busca acelerada por qualificação e requalificação, e as plataformas online são agora a opção número um para a maioria dos profissionais.
2.Inteligência Artificial e Learning Machine
A inteligência artificial permite a automação até mesmo de atividades como feedback, avaliação e progresso, além da criação de notas e alguns tipos de interações que melhoram a experiência geral dos usuários e aumentam a capacidade de personalização da aprendizagem.
3.AR e VR finalmente se tornarão mais populares
A realidade aumentada (AR) e a realidade virtual (VR) já são amplamente conhecidas, especialmente a partir da geração millenial. Porém, essas tecnologias ainda são subutilizadas, em decorrência do alto custo do equipamento, mas a tendência é que essa tecnologia se torne cada vez mais acessível.
Com a ajuda da AR, por exemplo, é possível que alunos e professores desfrutem de uma experiência mais interativa, mesmo durante as aulas online. Também é possível expandir o mundo de uma sala de aula através dessas tecnologias, adicionando vídeos e gráficos e até mesmo simulando o mundo dos negócios.
- Dispositivos móveis e a aprendizagem ao alcance das mãos
Até o início do ano de 2020, era comum culpar os smartphones como os maiores responsáveis pela falta de foco dos alunos. Porém, tablets e smartphones figuram agora como ferramentas fundamentais para a mediação entre alunos e professores, permitindo inclusive o desenvolvimento de novas formas de avaliação.
@AlekMaracaja
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