O jornalista Ivandro Oliveira, diretor de Conteúdo do Tá na Área, analisa o cenário nacional e o comportamento das pesquisas eleitorais. De forma particular, mostra as razões da rejeição do eleitorado paulista ao petista Fernando Haddad. Confira:
Quem conhece não vota em Haddad
Matemática é uma ciência exata e os números, por piores ou melhores que sejam, são reveladores e sempre apontam para conclusões. A julgar pelos resultados da pesquisa Ibope/Estadão/TV Globo divulgada na terça-feira, 25, e esmiuçada nesta quarta-feira, 26, pelo G1, quem conhece Fernando Haddad não vota no petista.
De acordo com o levantamento, Haddad tem apenas 12% das intenções de voto em todo o Estado de São Paulo, número infinitamente inferior aos 16,7% recebidos em sua tentativa de se reeleger Prefeito, em 2016, quando foi fragorosamente derrotado, em primeiro turno, pelo até então ‘novato’ João Doria, do PSDB.
O resultado de 2016 é emblemático e explica, em boa medida, não apenas por Haddad ser do PT, cuja rejeição no Estado se multiplicou, e uma espécie de ‘poste’ Lula, assim como Dilma foi no passado, mas pela gestão pouco ou nada producente à frente da maior prefeitura do país. Não à toa, o mesmo Haddad que se apresenta como alternativa ao país, foi rechaçado veementemente nas urnas daquele ano.
A impopularidade dos paulistas e paulistanos com Haddad é tamanha que o petista sequer ousa apresentar seus ‘feitos’ quando prefeito. Na dúvida, ou melhor, na certeza, o petista tem preferido resgatar o governo Lula como base de sua plataforma para o país a partir de 2019, isso caso vença a disputa, muito embora com um hiato enorme com a gestão Dilma, cuja lembrança não é lá essas coisas para os petistas.
Enfim, sem mias verdades ou mentiras completas, esse é Fernando Haddad, ignorado por sua tribo, mas ‘paquerado’ em outras ‘aldeias’, especialmente as nordestinas, onde a presença petista ainda ostenta razoável preservação.
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