O governo do Líbano e a Cruz Vermelha informaram nesta quarta-feira (5) que as explosões na zona portuária de Beirute causaram mais de 100 mortes e que quatro mil pessoas ficaram feridas.
Em discurso, o primeiro-ministro libanês Hasan Diab pediu a todos os países e amigos do Líbano que ajudem o país com a devastação causada pela explosão que Beirute sofreu ontem e afirmou que os libaneses estão “lidando com uma verdadeira catástrofe”, que além de ter destruído o porto, deixou ruas, prédios e praças arruinadas por toda a cidade.
Os hospitais em Beirute, alguns fortemente danificados pela explosão, estão superlotados, também com pacientes infectados pelo novo coronavírus, portanto as autoridades de saúde não podem cuidar de todas as vítimas que chegaram após a explosão.
Toneladas de nitrato de amônio causaram explosão
A explosão devastadora que ocorreu em um armazém no porto de Beirute foi ocasionada por 2.750 toneladas nitrato de amônio. O produto químico é comumente utilizado na fabricação de fertilizantes e inseticidas.
O presidente do país, Michel Aoun, classificou de “inaceitável” que 2.750 toneladas de nitrato de amônio estivesse no porto há 6 anos, a caminho da África, sem as medidas de segurança necessárias, já que o material é altamente explosivo. Ele afirmou que os responsáveis pelo material vão enfrentar punições severas.
Crise econômica
O país atravessa uma das piores crises econômicas e a megaexplosão poderá tornar a vida ainda mais difícil na capital do Líbano. Ainda não é possível saber, mas o impacto econômico será relevante, já que muitos comércios foram afetados, o que pode aumentar o número de desempregados.
Somado a este novo cenário, os libaneses estão sofrendo com a hiperinflação, desvalorização da moeda local e uma massa de desempregados. Beirute também vem sendo atingida por apagões e racionamento de energia elétrica.
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