O PDT anunciou que irá pedir a nulidade das eleições presidenciais de 2018 por conta da denúncia publicada no jornal “Folha de S.Paulo” nesta quinta-feira de que empresas estariam comprando pacotes de divulgação em massa de mensagens contra o PT no Whatsapp. O presidente do PDT, Carlos Lupi , está reunido com outros integrantes do partido para definir o formato dessa ação. Ele pondera que as fake news têm se transformado no grande problema desta eleição, informa O Globo.
O problema das fake news é muito grave, mas agora a compra do envio em massa de fake news contra o PT foi para um outro patamar. É crime. É abuso do poder econômico. Vamos pedir a nulidade das eleições, isso aí vai dar um oba-oba bom — disse Lupi ao GLOBO.
O PDT é um aliado histórico do PT e declarou um “apoio crítico” à candidatura do petista Fernando Haddad ao Palácio do Planalto. Mas enquanto os petistas esperavam que o PDT participasse ativamente da campanha de Haddad, o partido se recusou, e tem dado trabalho ao PT.
Terceiro colocado no primeiro turno da eleição, Ciro Gomes pegou as malas e viajou para a Europa. E seu irmão o senador eleito Cid Gomes (PDT-CE) transformou um ato que seria de campanha a Haddad no Ceará num desabafo contra o PT, dizendo que o partido tinha que pedir desculpa porque fez “muita besteira” , e dizendo que Haddad vai “perder feio”.
Após a afirmação, Bolsonaro usou a declaração de Cid Gomes em seu programa eleitoral, o que fez com o que pedetista, senador eleito pelo Ceará, gravasse um novo vídeo em que critica o capitão da reserva pelo uso das imagens e declarou que reafirmou que irá votar no petista no segundo turno.
O vídeo viralizou nas redes sociais e uma das frases de Cid virou slogan de apoiadores de Bolsonaro: “O Lula está preso, babaca”. O desabafo do pedetista praticamente inviabilizou qualquer chance de criação de uma frente ampla entre o Ciro e o PT, além de outras forças do campo progressista.
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