O andamento da economia brasileira e o aumento da violência têm sido dois dos principais motivos que fizeram a desaprovação do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) crescer mais do que a aprovação, de acordo com a nova rodada da pesquisa Quaest divulgada na manhã desta quarta (11).
Estes dois temas respondem por 41% dos problemas apontados pelos entrevistados na pesquisa, com a percepção sobre a economia puxando as preocupações dos brasileiros que não sentem uma melhora significativa nas suas condições de vida:
PERCEPÇÃO DA ECONOMIA
Embora Lula e o governo comemorem alguns dos bons indicadores da economia, como o aumento do PIB (Produto Interno Bruto, a soma de todos os bens e serviços produzidos no país) e da massa salarial e a queda do desemprego, a percepção dos brasileiros é de que as finanças têm piorado nos últimos 12 meses.
Isso porque a inflação – que já passou do teto da meta e deve fechar o ano em 4,84% de acordo com o último Relatório Focus, do Banco Central – tem reduzido o poder de compra dos brasileiros na comparação com um ano atrás:
Menor poder de compra: de 47% para 68%;
Maior poder de compra: de 33% para 19%;
Poder de compra igual: de 17% para 12%.
“É o pior resultado da série”, pontuou o pesquisador Felipe Nunes, CEO da Quaest.
Para 78% dos entrevistados, o preço dos alimentos nos mercados aumentou no último mês, enquanto que apenas 8% dizem ter sentido uma redução, e 13% de que segue igual. A percepção é semelhante em relação às contas de água e luz, em que 65% dos entrevistados sentiram um aumento nas tarifas. Já 6% afirmam ter caído e 24% se mantido iguais.
E também no preço dos combustíveis, com um aumento sentido por 59% dos entrevistados. Para 20%, se manteve igual e apenas 7% acreditam que tenha reduzido.
Em um cenário geral, os entrevistados relataram à Quaest que têm sentido um patamar financeiro abaixo do esperado a essa altura do governo (61%) na comparação dos que viram uma melhora nas finanças pessoais (18%) e dos que dizem estar no nível que esperavam (17%).
Este patamar abaixo do esperado atinge mais da metade de todas as faixas etárias dos entrevistados – dos 16 a mais de 60 anos – e também dos ganhos salariais.
A Quaest ouviu 8.598 pessoas entre os dias 4 e 9 de dezembro, com uma margem de erro de 1 ponto percentual para mais ou para menos e nível de confiança de 95%.
Com informações do Gazeta do Povo
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