Ex-ministro e atual secretário estadual de Transportes de São Paulo, Alexandre Baldy (PP) foi preso nesta quinta-feira (6). Ele é alvo de uma operação da Polícia Federal realizada nesta manhã que mira desvios na Saúde.
A investigação se baseia em uma denúncia não relacionada ao trabalho de Baldy na secretaria. A prisão dele é temporária, ou seja, vale por cinco dias e pode ser prorrogada por mais cinco.
Na residência que o secretário mantém em Brasília, foram apreendidos R$ 90 mil em espécie, sendo R$ 50 mil em um cofre e R$ 40 mil em outro.
Na operação de hoje, os agentes cumprem 6 mandados de prisão temporária e 11 de busca e apreensão em 3 estados e no Distrito Federal. Os mandados são cumpridos em Petrópolis (RJ), São Paulo (SP), São José do Rio Preto (SP), Goiânia (GO) e Brasília (DF).
Além de Baldy, outras duas pessoas já foram presas. Uma delas é Guilherme Franco Netto, pesquisador da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), preso em Petrópolis, região serrana do RJ. De 2007 a 2013, ele ocupou o cargo de diretor do Departamento de Vigilância em Saúde Ambiental e Saúde do Trabalhador do Ministério da Saúde. Os outros três alvos ainda não foram localizados.
Baldy e Netto são acusados de desviar recursos na Saúde do Rio de Janeiro e São Paulo envolvendo órgãos federais, entre eles a Fiocruz.
A investigação contra Baldy começou a partir de uma delação premiada de empresários ligados à organização social Pró-Saúde.
Os investigados podem responder pelos crimes de corrupção, peculato, lavagem de dinheiro e organização criminosa.
Baldy foi deputado federal por Goiás de 2015 a 2019 e ocupou o cargo de ministro das Cidades de 2017 a 2018, durante o governo de Michel Temer (MDB).
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