O presidente da Unimed do Brasil, Orestes Pullin, que participou nesta sexta-feira (16), em Maceió, de uma mesa redonda sobre ‘Modelo cooperativista e os desafios da saúde suplementar no Brasil’, no terceiro e último dia da 30ª Convenção das Unimeds do Norte/Nordeste, enalteceu a força do cooperativismo e elogiou o modelo de intercooperação que os sistemas Unimed, Uniodonto e Sicredi nas regiões Norte e Nordeste. Orestes Pullin defendeu o modelo cooperativista e acentuou que o Sistema Unimed é preponderante para o desenvolvimento da saúde suplementar no país.
“A gente já vem construindo soluções importantes para o Sistema Unimed, a exemplo dos investimentos em tecnologia e em iniciativas como Registro Eletrônico de Saúde (RES), que vai permitir integrar dados hospitalares, maior controle dos gastos assistenciais e evoluir no monitoramento dos usuários, inclusive com avanços na atenção primária”, registrou Orestes.
O presidente da Unimed do Brasil revelou preocupação com o financiamento da saúde. “Hoje o financiamento do setor de saúde no Brasil é feito pelos setores públicos e privados. O privado entra com 57% de todo o financiamento e atende mais de 47 milhões de pessoas. O público, em contrapartida, é responsável por 43%, mas atende 160 milhões. Se pegarmos a Inglaterra, que tem uma economia mais ou menos do tamanho da nossa, 80% do investimento de saúde vem do sistema público, e a diferença é que eles só tem 60 milhões de habitantes. Aqui, falamos de 210 milhões. Quando começamos a comparar com o resto do mundo, percebemos que vamos ter um baita problema mais para a frente. Precisamos rediscutir essa conta, tanto no setor privado, quanto no público”, avaliou.
Na mesa redonda, que também contou com Sizenando Campos Júnior, da Central Nacional Unimed, e Adelson Chagas, da Seguros Unimed, o professor Paulo Furquim, do Insper, assinalou que a mudança do modelo é fundamental. Para o especialista, investir na prevenção, na tecnologia e em novos inventos que mudem o foco da atenção à saúde “é essencial mudar o modelo brasileiro, tanto do setor privado como público, e isso passa pela inserção de uma atenção primária forte”.
Furquim também defendeu a verticalização dos serviços, como forma de ampliar a qualidade e os controles.
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