José Augusto Viana considera o projeto importante para o crescimento sustentável da capital paulista, mas ressalta a importância de investir em regiões de acordo com as suas vocações econômicas e na ocupação populacional conforme interesses sociais. O Projeto de Lei encaminhado pela Prefeitura Municipal à Câmara de Vereadores, prevê, por exemplo, a proteção de algumas regiões da verticalização.
Ele lembrou que há algumas regiões, cuja vocação já havia definido o estilo de ocupação, a exemplo do Planalto Paulista, onde tem inúmeras residências que estão sendo usufruídos por escritórios comerciais, é tida ainda como uma área residencial e que agora foi alterada, com corredor de ônibus e tudo mais para ficar adequada à realidade.
Interesse social
“Já na área central da cidade, altamente desenvolvida, as questões relativas à ocupação de interesse social são altamente relevantes, devido a não utilização de equipamentos urbanos e de imóveis comerciais antigos, que podem ser demolidos e darem lugar a imóveis residenciais e mistos para que a população que for para o centro tenha onde comprar sem ter que pegar condução”, afirmou.
Viana, que também é vice-presidente do Conselho Federal de Corretores de Imóveis, relaciona esse processo com algumas áreas como no bairro dos Jardins, onde o número de prédios que está sendo construído é muito grande. E destaca que a demolição de construções antigas evidentemente está dando um melhor aproveitamento, porque tem condições, malha urbana, saneamento básico e tudo que se precisa, mas que está subutilizada.
“Os novos empreendimentos se transformarão em conforto para novas pessoas”, vaticinou, durante entrevista exclusiva ao jornalista Cândido Nóbrega, na Sede do maior dentre os 27 Regionais. Quanto à liberação de prédios altos e de micro apartamentos, defendeu que o adensamento seja proporcional a cada local.
Para ele, não existe como dizer que prédios são bons ou ruins, o que deve é se verificar as condições de saneamento, dos equipamentos urbanos de cada região e definir a sua característica para que se possa ter um gabarito adequado a uma qualidade de vida aceitável e que seja aproveitada a infraestrutura.
Sobre micro apartamento
“Acaba sendo uma necessidade de grandes cidades, porque há profissionais que se valem de ter essa opção próxima ao seu local de trabalho, em que ele fica de segunda a sexta-feira e no final de semana, vai para sua casa, que normalmente fica em um bairro ou cidade mais distante”, acrescentou.
Viana se disse preocupado com qualquer tipo de restrição nesse sentido, sobretudo pelo fato de a execução dessas pequenas unidades não envolver tanto dinheiro quanto nos imóveis grandes, além de atender a um público grande que existe, que tem essa necessidade.
“Ao menos aqui na Capital, são apartamentos de 14 a 19 m2, porém, já ouvimos falar de projetos com 9m2, mas não temos certeza. Eles têm áreas de serviço comuns, como de cozinha e lavanderia e tudo isso custa dinheiro para montar, bem como para manter, o que eleva o preço, devido à necessidade de uma maior sofisticação, senão inexistiria a atração do público”, esclareceu.
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