Apesar de o governo federal alegar que tem atuado para aliviar o mercado automobilístico e, consequentemente, combater as paralisações nas montadoras e a ameaça aos empregos, o incentivo concedido à indústria de veículos não trouxe um alívio significativo.
Após as fábricas acelerarem a produção no mês de maio, quando aumentaram seus estoques em antecipação aos descontos subsidiados pelo governo, as companhias beneficiadas pela medida voltaram a interromper suas linhas de montagem.
A avaliação é que o melhor a ser feito é manter o estoque atual, estimado entre 100 mil e 110 mil carros. Esses veículos compõem o grupo de contemplados pelos bônus de R$ 2 mil a R$ 8 mil. No início deste mês, no entanto, o setor automotivo contava com 251,7 mil veículos estocados em pátios de fábricas e concessionárias, dos quais 115 mil unidades eram elegíveis para receber os créditos tributários autorizados pelo Ministério da Fazenda.
A Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea) estima que os descontos governamentais não deverão durar mais do que um mês. É dito que o incentivo será encerrado quando os créditos tributários, responsáveis pela redução de preços, atingirem o montante de R$ 500 milhões.
Fonte: Estado de São Paulo
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