O presidente Michel Temer já está costurando um grande movimento para iniciar ainda esta semana os debates em torno da reforma da previdência. A senha das articulações foi dada pelo deputado Carlos Marun (PMDB), novo Ministro da Secretaria de Governo, para quem o ambiente já é favorável para o Palácio do Planalto.
Segundo Marun, a contabilidade tem aumentado a favor da reforma da Previdência, mas é preciso agora criar uma onda a favor da reforma. Embora o começo da votação esteja previsto para o dia 18, o presidente da Câmara Federal, Rodrigo Maia (DEM), pretende começar a discutir em plenário na próxima quinta-feira (14) a reforma da previdência.
O discurso do governo é tentar apresentar a reforma como instrumento de “justiça” contra “privilégios”, mostrando que o problema da previdência está no serviço público. O Planalto tentará convencer os parlamentares, além dos cargos e emendas que serão distribuídos, que o regime de servidores paga R$ 77 bilhões anuais a 1 milhão de aposentados, enquanto que os trabalhadores privados custam R$ 150 bilhões, mas atendendo a 29 milhões de aposentados.
Em resumo, o governo Temer mostrará que um servidor aposentado custa R$ 77 mil, enquanto que o trabalhador da iniciativa privada custa pouco mais de R$ 5 mil. Para isso, a intenção do governo é forçar líderes da base aliada a falar a favor da reforma. Com isso, a expectativa é aumentar o número de votos.
A contagem mais recente indicava 270 votos, contudo a meta do governo é conquistar os cerca de 40 votos necessários para a aprovação nas próximas semanas, com liberação de verbas e remanejamento de cargos.
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