O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), negou que uma possível “quarentena” que impeça juízes e procuradores de disputarem eleições em um período após deixarem os cargos vá afetar o ex-ministro da Justiça Sergio Moro.
Na avaliação do deputado, uma lei nesse sentido não poderia afetar quem já fez o movimento de deixar o poder Judiciário para ingressar na vida pública. “Não pretendo votar nenhuma lei que prejudique uma pessoa que já largou o Judiciário e já tomou a decisão de participar do processo político”, afirma.
O tema surgiu com força nessa semana, depois de ser defendido pelo presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Dias Toffoli, para quem a quarentena impediria juízes e procuradores de utilizarem as carreiras com o objetivo de ganhar projeção politico-eleitoral.
No mesmo dia, Maia deu declaração à imprensa sinalizando que o tema era bem visto na Câmara e poderia ser votado ainda nesse ano, valendo já para as eleições de 2022. Isso provocou uma associação com a figura de Moro, que era juiz federal até o final de 2018 e vem sendo cogitado como um possível candidato a presidente ou vice-presidente da República no próximo pleito.
Apesar da ressalva quanto ao ex-ministro, que na magistratura ganhou notoriedade na Operação Lava Jato e passou para o governo do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) no início de 2019, o presidente da Câmara reafirmou que considera a quarentena importante. “Tem se usado sim o Estado como trampolim para projetos pessoais ou projetos eleitorais”, disse.
Com informações da CNN Brasil
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