O presidente Michel Temer deve sancionar nos próximos dias o SUS da segurança pública, que integra dados e atuação de órgãos do setor no país. O projeto foi aprovado na semana passada pelo Senado e só depende do aval do Executivo.
O SUSP vai englobar polícias federal, rodoviária, civil e militar, bombeiros, agentes penitenciários e guardas municipais. Em meio à crise no Rio de Janeiro, o governo pretende criar estratégias em comum com estados e municípios. O projeto prevê ainda a unificação dos boletins de ocorrências de todo o sistema.
O secretário nacional de Segurança Pública, general Carlos Alberto dos Santos Cruz, avalia que o trabalho só será iniciado a partir da liberação de recursos. “O sistema, quando é criado, ainda não está constituído, foi feita só a criação. O fim dessa história é quando tiver o elenco de todas as obrigações de União, Estados e municípios e também as obrigações financeiras de cada um”, disse o secretário.
Apesar da afirmação do general Santos Cruz, o governo ainda não definiu os recursos para o Sistema Único da Segurança Pública.
Ex-secretário nacional de segurança, o coronel aposentado José Vicente da Silva não acredita em cooperação entre policiais estaduais. “Não vai mudar nada substancialmente. Polícia é um problema local. A estrutura básica de segurança e de estatística existe há 20 anos. Vamos melhorar as estatísticas? Talvez. Depende muito da boa vontade de os Estados trabalharem bem e encaminharem as estatísticas federais”, disse o coronel.
O coronel aposentado José Vicente da Silva acrescenta que, sem verbas, o SUS da segurança não vai funcionar. O consultor destaca ainda que a estrutura das polícias varia muito em cada Estado brasileiro.
Com informações da rádio Jovem Pan
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