Apenas 3 a cada 10 crianças brasileiras que deveriam ser imunizadas contra o sarampo já receberam a vacina em 2022, segundo dados do Ministério da Saúde na tarde desta terça-feira (31).
A campanha nacional de vacinação contra a doença vai até esta sexta (3). Crianças de 6 meses a 4 anos, 11 meses e 29 dias de idade podem ser imunizadas; a vacina é aplicada em uma dose.
As crianças também poderão ser vacinadas contra a gripe (Influenza) no mesmo momento em que receberem a vacina do sarampo, pois não é preciso esperar um intervalo entre as duas.
A vacinação é gratuita e está disponível nos postos de saúde do SUS. A vacina é essencial para garantir a proteção contra o sarampo, que pode causar febre, infecção nos ouvidos, pneumonia, diarreia, conjuntivite, perda de apetite e convulsões (veja infográfico abaixo e continue lendo).
Sarampo — Foto: Arte G1
Em casos mais graves, a doença pode atingir as vias respiratórias, provocar lesão cerebral e morte.
Queda na cobertura
A cobertura vacinal mínima para o sarampo deve ser de 95%. Neste ano, entretanto, esse percentual está em apenas 30,3%, segundo dados do Ministério da Saúde.
Os piores índices estão no Amapá e em Roraima, que têm apenas 8,9% de cobertura vacinal para as crianças de 6 meses a 4 anos de idade – a faixa etária da campanha nacional. A Paraíba é o único estado que já vacinou metade das crianças, com 50,7% de cobertura.
O Brasil chegou a receber o certificado de erradicação do sarampo em 2016, mas perdeu a marca após um surto três anos depois.
Outros públicos
Além das crianças, outros públicos também podem ser imunizados na campanha:
- grávidas e puérperas – mulheres com até 6 semanas após o parto;
- povos indígenas;
- professores das redes de ensino pública e privada;
- pessoas com comorbidades;
- pessoas com deficiência permanente;
- membros das forças de segurança e salvamento e das Forças Armadas;
- caminhoneiros e trabalhadores de transporte coletivo rodoviário de passageiros urbano e de longo curso;
- trabalhadores portuários;
- funcionários do sistema prisional;
- adolescentes e jovens de 12 a 21 anos de idade que cumpram medidas socioeducativas;
- população privada de liberdade.
G1
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