A Secretaria de Estado da Saúde (SES) divulgou, nessa quinta-feira (4), o boletim epidemiológico nº 5 de arboviroses, que traz dados dos agravos em 2023, na Paraíba, até a Semana Epidemiológica 16 (finalizada em 22 de abril). De acordo com o documento, foram registrados no período 3.935 casos prováveis de arboviroses na Paraíba, sendo 3.228 de dengue, 667 de Chikungunya e 40 de Zika.
Os dados mostram que houve redução de 54% para os casos prováveis de Dengue quando comparados ao mesmo período do ano de 2022, quando 7.020 casos prováveis foram registrados. Já para os casos prováveis de Chikungunya, há uma redução de 90%. Para Zika, o número é igual ao do ano anterior.
De acordo com técnica em arborviroses da SES, Carla Jaciara, o cenário epidemiológico das arboviroses na Paraíba está mais tranquilo. “Este ano, tivemos uma redução importante nos casos prováveis de Dengue e Chikungunya e uma estabilidade nos casos de Zika em relação aos quatro primeiros meses de 2022. Esse resultado é valioso pois coincide com várias ações que são realizadas na SES com foco nos municípios e na melhoria do quadro geral. Foram nove reuniões on-line e capacitações para manejo clínico da doença oferecidas para os profissionais de saúde dos 223 municípios. Além disso, já foram iniciadas as Oficinas de Fortalecimento do Processo de Trabalho dos Agentes de Combates às Endemias, que contemplarão todas as regiões do estado. Também estamos fortalecendo as ações nos municípios com alta incidência das arboviroses, como Teixeira”, explicou.
Dos 3.228 casos prováveis de dengue, 1.951 foram confirmados. Dos 223 municípios paraibanos, 214 apresentam casos prováveis, dos quais três estão em alerta pela alta incidência da doença: Baraúna, Manaíra e Teixeira estão acima do patamar de 300 casos a cada 100 mil habitantes. Até o dia 22 de abril, 14 casos com sinais de alerta para gravidade foram identificados na Paraíba, que registrou um óbito e tem outros três em investigação.
Para Chikungunya, foram confirmados 413 casos e três municípios apresentam mais de 300 casos prováveis a cada 100 mil habitantes: Riacho de Santo Antônio, São José do Brejo do Cruz e Teixeira. Os casos reagentes ou detectáveis de Chikungunya foram identificados em 66 municípios. Teixeira, Campina Grande e João Pessoa concentram o maior número. Um óbito em decorrência do agravo foi confirmado no município de Serra Redonda e outro está em investigação em João Pessoa.
Dos 40 casos prováveis de Zika, 17 foram confirmados, nenhum deles em gestantes. A taxa de incidência dos casos prováveis no estado é de 0,99 casos por 100 mil habitantes, considerada baixa. Dos 223 municípios paraibanos, 14 registraram casos reagentes para a doença. Não há óbitos em investigação nem confirmados.
Carla Jaciara destaca que a população deve continuar com os cuidados e manter os locais que podem servir de criadouro para o mosquito sempre limpos. “O período de chuva se aproxima e com ele vem a maior probabilidade de incidência das arboviroses. É sempre bom lembrar que os recipientes com água devem ser esvaziados ou limpos frequentemente, incluindo caixas d’água, cisternas, vasos de plantas e aquários. As calhas não podem ser esquecidas e qualquer objeto que possa acumular água com as chuvas no quintal ou jardim deve ser monitorado para evitar proliferação”, finaliza.
Os focos do mosquito, na grande maioria, são encontrados dentro de casa, quintais e jardins. Pelo ao menos uma vez por semana, deve ser feita uma faxina para eliminar copos descartáveis, tampas de refrigerantes ou outras garrafas, não deixar água acumulada em pneus e adicionar cloro à água da piscina são algumas medidas que podem fazer toda a diferença para impedir o registro de mais casos de arboviroses, além de receber em domicílio o técnico de saúde devidamente credenciado, para que as visitas de rotina sirvam como vigilância.
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