Já se encontra disponível nas principais plataformas digitais de reprodução de música o mais novo álbum de autoria do compositor e cantor Francisco Brito, operador do direito e defensor público por formação que ao se aposentar se dedicou integralmente à vocação como músico, que tem no piano um dos instrumentos de maior predileção.
“Raízes da Alma vol. 2 – O samba é meu refúgio” foi lançado neste início de ano e traz um repertório centrado nesse gênero, com 15 músicas compostas e gravadas, além de duas valsas, com destaque para a participação da jovem cantora Raiany Arruda, dona de potente voz e conterrânea do município de Aroeiras de Chico Brito, como é mais conhecido.
Ecletismo de gêneros musicais
A cantora Eloísa Olinto, que vem participando das gravações desde o primeiro álbum, também empresta sua bela voz neste, que é o 5º, no qual a ênfase foi dada ao Samba. Os anteriores foram produzidos com ecletismo pelo compositor em diversos gêneros, como o Xote, o Baião, o Samba-canção, Bossa Nova, Tango, Bolero, Jazz e Balada.
“Toda a minha produção é independente. Graças a Deus, tenho o privilégio de poder bancar os custos do estúdio e dos músicos convidados para gravar e, assim, realizar o meu sonho. Ainda quero produzir muito mais”, afirmou Chico.
Ele acrescentou que no primeiro álbum chegou a confeccionar algumas cópias em mídia física (CD) para presentear alguns amigos e familiares, mas entendeu que esta é a época do digital e que a distribuição funcionaria mais via plataformas de reprodução de música. Assim, contratou uma profissional que trabalha com esse tipo de estratégia e é ela quem media essa distribuição. Para ouvir o álbum completo e sem anúncios, geralmente essas plataformas solicitam a assinatura de versões premium.
Início na Jovem Guarda
Chico Brito iniciou tocando violão aos 17 anos de idade, em sua terra natal, Aroeiras (PB), poucos anos mais tarde, foi morar em Campina Grande (PB) e já em 1965 foi convidado para tocar no conjunto Os Adams como guitarrista base, numa época em que a Jovem Guarda já começava a ser um fenômeno em todo o Brasil. Integrou por 10 anos o grupo e depois ingressou no curso de Direito, no qual se formou e em 1985 foi nomeado defensor público pelo então governador Wilson Braga.
“Ao me aposentar, tive a felicidade de encontrar o professor Fábio Prazim, que com muita competência me auxiliou no desenvolvimento de minhas habilidades com esse instrumento. Minha primeira composição só veio mais recentemente, em 2021, quando fiz para a minha filha a valsa chamada Nayara. Desde então, não parei mais. Já são mais de 200 composições, entre instrumentais e letradas, e cinco álbuns lançados Durante décadas, não sabia que havia um compositor adormecido dentro de mim”, lembrou.
Fontes de incentivo e inspiração
Indagado sobre os maiores incentivadores, não titubeia na resposta: “Minha família, em especial minha esposa Ivanete, que é minha grande parceira nesse sonho da música, me auxiliando na organização e produção de cada álbum; meus filhos, em especial minha filha Nayara, que vem gravando comigo meus últimos trabalhos e acrescento a essa lista também Waguinho Duduta, músico competente e dono do Estúdio Radiola, onde gravei de forma independente todos os álbuns”.
Além da Jovem Guarda, Chico cita atribui à Bossa Nova, em especial ao maestro Tom Jobim, talvez, sua maior referência musical. “Quando comecei a tocar piano, eram suas composições que me interessavam interpretar. Também tenho influências da Era de Ouro do Rádio e admiro muito as vozes de Orlando Silva e Nelson Gonçalves. Devo dizer também que minha Paraíba, sua gente, cultura e paisagens, são uma forte referência e fonte de inspiração para minhas composições. Minha fé em Deus, como não poderia ser diferente, é outro grande tema que permeia minhas músicas. Tudo o que produzo é com a Graça Dele”, concluiu.
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