A cidade de Conde, na Região Metropolitana de João Pessoa (RMJP), está sob alerta após dois casos de malária serem confirmados no local. As Secretarias de Saúde do Estado e do Município estão orientando a população sobre o que deve ser feito para evitar a doença; acompanhe abaixo.
Cuidados
A recomendação é que a população se proteja usando repelentes, roupas claras e evitando beira de rios e áreas alagadas do início da noite até o começo da manhã.
Não doar sangue
Dentro das orientações, os moradores de Conde estão desaconselhados a fazer doação de sangue no período de um ano.
Ações da Saúde
No âmbito estadual, a secretaria vem disponibilizando técnicos qualificados para a ação de busca ativa de novos casos, realizando capacitação dos profissionais de Conde para técnica do teste rápido e coleta de lâminas. Até o momento, os resultados têm sido negativos.
Em Conde, foi realizada a busca ativa na casa onde moram os venezuelanos e todos os testes também deram negativo. As equipes da Secretaria Estadual de Saúde (SES) estão trabalhando em regime de plantão, nos fins de semana, para oportunizar a detecção dos casos, por meio de equipes no território e ainda está sendo feita ação, em nível estadual, pela Gerência Executiva de Vigilância em Saúde (Gevs), para esclarecimentos, regulação dos fluxos, nas suspeitas de novos casos.
“A SES apoia e monitora, junto ao município de Conde, as ações apresentadas, bem como permanecerá implementando demais atividades quando necessário”, disse a gerente executiva de Vigilância em Saúde, Talita Tavares.
Nesta quarta-feira (10), em Conde, terá uma ação de educação em saúde, com divulgação das informações de sintomas iniciais para a comunidade; na quinta-feira (11), às 9h, haverá um manejo clínico, com uma infectologista, para os médicos e enfermeiros daquele município, para a detecção e condução de caso suspeito de malária.
Outras áreas do estado
Dentro da política de estender para todo o estado as ações de combate à doença, a SES atuou em Tavares, no Sertão. Nessa segunda-feira (8), houve uma agenda intersetorial com as Secretarias do Município (Turismo, Comunicação, Limpeza e Urbanismo, Educação e Meio Ambiente), para trabalhar nos cuidados de prevenção, como o uso de repelentes, evitar ficar próximo de matagais e rios.
Ainda aconteceram ações educativas nas escolas; utilização de carro de som, limpeza das margens de rios e uso de carro fumacê. Tavares é a cidade natal do segundo paciente diagnosticado com a malária que atualmente trabalha em Conde, onde pode ter sido infectado.
Paraíba não é área endêmica
A Paraíba não é área endêmica para a doença, porém possui quatro espécies de vetores do gênero anophelis: anophelis aquasalis; an. albitarsis; an.bellator e an. argyritarsis.
De 1994 a 2018, foram notificados, na Paraíba, 175 casos suspeitos de malária. Destes, 70 são de pacientes residentes na Paraíba e todos foram registrados como casos importados, ou seja, pessoas que se deslocaram para regiões endêmicas, foram infectadas e retornaram para o estado de residência. Nenhum óbito foi registrado.
Por isso, a SES enfatiza que os casos em questão são os primeiros notificados na Paraíba em 2019, sendo estes autóctones (originários do local em que habita) e sem histórico de transfusão sanguínea.
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