Corretores de imóveis que atuam no município de Conde, na Região Metropolitana da Grande João Pessoa estão considerando um verdadeiro “tapa na cara” da categoria e da população do município, projeto da Prefeitura denominado PGV (Planta Genérica de Valores) que visa a atualização gráfica ou listagem dos genéricos de metro quadrado de terreno ou de imóvel.
O delegado do Creci-PB no município, Márcio Corrêa destacou que a iniciativa se dá num momento totalmente inoportuno, em que o mercado imobiliário está tentando se recuperar de uma grande crise econômica que assola já há algum tempo o País.
Restrição de áreas
“Como se já não bastasse, recentemente, de forma obscura e sem os devidos esclarecimentos, uma Lei de Zoneamento, que restringiu várias áreas do nosso litoral, inviabilizando o surgimento de novos loteamentos e por conseguinte, o setor da construção civil, nosso principal parceiro”, desabafou.
O projeto da PGV teria sido votado também dessa forma pela Câmara de Vereadores na última segunda-feira, caso os corretores não tivessem tido conhecimento dias antes, se mobilizado e através dos vereadores Fernando Araújo, Malbatham, solicitado ao presidente Luzimar Nunes a realização de uma audiência pública para quarta-feira passada.
Na ocasião, o grupo de corretores capitaneados por Márcio desconstruiu matematicamente a tese apresentada pelo secretário municipal de tributos, Petrônio, uma das “justificativas” para a aprovação da PGV, que seria a inocorrência de reajustes no valor do IPTU há mais de vinte anos.
Esclarecimentos devidos
“Provamos ao secretário e vereadores presentes, através de cálculos e equações que apenas entre os anos de 2017 e este ano o referido tributo sofreu um reajuste de 108%, aplicado inclusive sem conhecimento do Poder Legislativo”, afirmou Márcio. Ele advertiu ainda sobre os efeitos nefastos decorrentes de aprovação da matéria, como está sendo proposta.
O valor do IPTU subirá numa escala média de 1.000%, onde o reajuste mínimo será de 300% e o máximo de inacreditável 2.500%, o que com certeza expulsará investidores e inibirá a chegada de outros ao município, como já vem ocorrendo, penalizando assim não apenas cadeira produtiva da construção e do mercado imobiliário, mas sobretudo a economia local.
Repúdio à postagem
Por fim, eles repudiaram a pecha de “incapacitados” que lhes foi atribuída por meio das redes sociais pelo esposo da prefeita Márcia Lucena, conhecido por Nanego Lira, como tentativa de denegrir não apenas suas imagens pessoais e profissionais, mas também ao Creci-PB, Órgão que integram e representam no Conde através da Delegacia no município.
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