No dia 17 de março é celebrado o dia Agente Funerário, uma profissão que por vezes se torna invisível, mas é extremamente necessária num dos momentos mais difíceis que alguém pode passar. É o agente funerário que tem o primeiro contato com a família enlutada; são eles os responsáveis por cuidar de todos os detalhes, do transporte à documentação necessária para os trâmites de velório e sepultamento. Sempre com muita ética e respeito.
Quando Jameson Marques, agente funerário do cemitério, crematório e funerária Morada da Paz, empresa do Grupo Morada, começou na área há 10 anos, ele não fazia ideia do que de fato era a profissão e teve até receio de começar a trabalhar. Mas hoje, diz ter abraçado o trabalho e gostar muito do que faz: “A gente ajuda as pessoas. Faz por elas o que elas não podem fazer nesse momento e tenta tornar todo processo menos doloroso”
Jameson conta que lidar com a morte não é uma tarefa fácil e todo o trabalho é muito delicado. Normalmente, ele e seu parceiro de trabalho são as primeiras pessoas que a família tem contato após o falecimento do ente querido e isso, por vezes, acaba gerando um mal estar, as pessoas ficam nervosas ou usam eles para desabafar e contar histórias.
Por isso, em sua rotina ele sempre acrescenta uma conversa com a família antes de começar a remoção: “Eu sento e explico com calma e delicadeza tudo que nós vamos fazer, para onde vamos levar o ente querido e quais os próximos passos. Às vezes as pessoas choram e gritam com a gente, acontece. É um momento delicado e a gente entende. Mas às vezes só querem desabafar e contar histórias da pessoa que se foi e a gente fica e escuta por que sabe que isso ajuda a lidar com a dor. A gente escuta muita história.”, explica ele.
O preparo emocional desses agentes também é muito importante, pois precisam lidar diariamente com a dor de outras pessoas e isso pode acabar impactando a saúde mental. Para Jameson, apesar de tentar manter o distanciamento, vez ou outra uma história acaba emocionando e marcando sua rotina de trabalho. Dessa forma, duas vezes por semana, o Morada da Paz disponibiliza uma psicóloga para que eles possam conversar e desabafar se precisarem.
“É um trabalho muito difícil, mas eu amo o que faço. A maioria das vezes as pessoas agradecem por nosso serviço humanizado, falam como a gente tratou com respeito e dignidade a pessoa que se foi. Esses agradecimentos sempre compensam todo o resto”, finaliza Jameson.
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