O Governo Federal liberou 13 milhões de reais para o governo estadual construir uma adutora para abastecer a população urbana de Itaporanga, transportando água do açude de Nova Olinda para a cidade mais populosa do Vale, e a obra foi concluída e inaugurada meses atrás, mas não funciona. Ao longo de sua execução, vários problemas técnicos surgiram, como é do conhecimento público, e, ao que parece, nem todos foram resolvidos.
Erros e irregularidades na construção da obra podem ter comprometido sua condição funcional, conforme pessoas ligadas ao próprio governo, e toda estrutura montada ao longo de 30 quilômetros pode se transformar em entulhos, ou seja, milhões de reais podem ir para o lixo, enquanto Itaporanga vai continuar dependente do açude de Cachoeira, que é pequeno, atualmente armazena pouca água e pode voltar a secar, a exemplo do que ocorreu em 2016, quando a cidade passou mais de um ano sem água, vivenciando um grande caos humanitário e sem precedentes em sua história.
A adutora, prometida na campanha estadual de 2014 e na municipal de 2016, chegou somente em 2017, depois que a cidade já havia superado o colapso hídrico graças à chuva, que recarregou parcialmente Cachoeira. Embora inaugurada festivamente e em meio a muita propaganda oficial, depois que o governador foi embora, passaram um cadeado na estação de tratamento e a adutora até hoje está parada. “Será que o Ministério Público não vai fazer nada, como foi no caso do estádio O Zezão, onde também foi gasto muito dinheiro público pelo estado e nada que preste foi feito?”, lamentou um cidadão local.
Reprodução Folha do Vali
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