“Neste primeiro dia do ano de 2023, temos a certeza de que viveremos outros tempos. A causa animal, simbolizada pela cachorrinha vira-latas Resistência, literalmente subiu a rampa do Palácio do Planalto com o presidente Lula (PT)”, comemora a vereadora pessoense Fabíola Rezende (PSB), que também enaltece o início do novo governo de João Azevêdo com a criação da Agência de Defesa Animal da Paraíba (ADA-PB).
“Esses são os dois fatos que nos dão a certeza de que a causa animal, até bem pouco tempo tão incompreendida, não tem volta. O poder público hoje reconhece e assume que a causa animal é uma questão de estado, de saúde pública, de humanidade, de bem-estar pessoal e de uma política pela paz e não violência, fazendo frente aos maus-tratos e o abandono de animais”, avalia Fabíola Rezende, protetora e militante da causa animal na região da capital paraibana, enfatizando: “Como sempre digo, a missão continua”.
Empossado neste domingo (1º) como o 39º presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva subiu a rampa do Palácio do Planalto acompanhando da primeira-dama, Janja da Silva, do vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB), de Lu Alckmin, da cachorrinha Resistência, adotada por Lula e Janja, e por cidadãos convidados a representar a diversidade da população. Lula recebeu a faixa presidencial de uma mulher negra e os cumprimentos de representantes da população brasileira.
Já no último dia 26 de dezembro, o governador da Paraíba, João Azevêdo, havia adiantado alguns detalhes sobre as mudanças que deverão ocorrer no âmbito das secretarias estaduais em sua nova gestão, que se iniciou neste domingo. Entre a formação de novas pastas também está a criação da Agência de Defesa Animal da Paraíba.
O governador justificou a criação da ADA-PB explicando que o estado é um dos poucos onde ainda não há uma agência do tipo e ela será criada com objetivo de gerir, por exemplo a vacinação de animais no estado e criação de políticas públicas voltadas à causa animal.
Quebra de protocolo
Ainda em relação à posse de Lula em Brasília, em mais uma quebra de protocolo, um pet acompanhou o presidente recém-empossado na subida da rampa do Planalto. A cadela chamada Resistência foi guiada por Rosângela da Silva, a Janja, e pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, na cerimônia que marca o fim dos ritos de posse.
A vira-lata vivia nas ruas de Curitiba, nas proximidades da superintendência da Polícia Federal na capital paranaense, onde Lula esteve preso entre 2018 e 2019. Resistência Lula da Silva, o nome completo da cachorrinha, apareceu no acampamento de militantes do PT em frente ao prédio prisional e começou a ser cuidada por apoiadores que acamparam por lá até a soltura do hoje novamente presidente do Brasil, após mais de 500 dias.
Recentemente, a primeira-dama Janja explicou que o animal, que tem cerca de cinco anos de idade, recebeu esse nome por conta das intenções dos seus primeiros tutores, os apoiadores de Lula na frente da detenção em Curitiba, que ali resistiram pelo que consideravam justo. A adoção começou a ser cogitada pela então namorada de Lula durante as visitas ao acampamento ‘Lula Livre’. A decisão de adotar a vira-lata foi tomada quando a cadela ficou doente e precisou ser internada em junho de 2018.
Janja assumiu a responsabilidade pelo animal e colocou as vacinas de Resistência em dia, criando uma rotina de banhos em pet shop, que inclui enfeites em formatos de estrela. Já a história de Lula e Resistência começou com a liberdade do petista, em 2019. Lula deixou Curitiba e se mudou para São Bernardo do Campo, para onde a cadela seguiu. Em abril de 2021, foi apresentada nas redes sociais do presidente como “parte da família”.
Durante a campanha presidencial, Resistência também teve seu lugar de destaque: participou de eventos sobre Direitos Animais do PT, ao lado de celebridades como a ativista Luísa Mell e a chef e apresentadora Bela Gil.
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