O deputado federal Frei Anastácio (PT) cobrou do governo federal, no plenário da Câmara, uma posição em relação à habitação popular rural e ao programa Minha Casa Minha Vida, que estão parados desde o governo Temer. “Temer esqueceu a habitação rural e o governo de Bolsonaro nem fala no assunto”, disse o deputado.
O deputado relatou que o governo Temer assumiu o compromisso público sinalizando a contratação de 27 mil casas, no final do ano passado, só para a área rural. “A Caixa Econômica Federal chegou a analisar todos os projetos, criando assim uma expectativa enorme para as famílias que hoje esperam o direito a uma casa para morar. Esse público tem aproximadamente 120 mil pessoas a espera de realizar o sonho da casa própria”, disse o deputado.
Segundo o parlamentar, para piorar a situação, o governo atual não sinaliza, em nenhum momento, com a contratação dos referidos projetos. Para ele, o Ministério do Desenvolvimento Regional tem que tomar uma posição em relação ao assunto. O parlamentar está apresentando requerimento na Câmara, solicitando que o Ministério do desenvolvimento Regional se manifeste sobre o assunto, com informações sobre o que está sendo feito em relação à liberação de recursos para a habitação popular.
“Os trabalhadores rurais em todo o país já elaboraram uma pauta com vários pontos. Entre eles, contratação dos Projetos já selecionados e analisados pelo agente financeiro; Retomada do Grupo de Trabalho da habitação Rural. Qualificação do Programa de Habitação Rural. É Importante que o governo abra em sua agenda uma reunião em caráter de urgência com os representantes legais do meio rural. É preciso buscar solução para atender as famílias que tanto precisam de uma casa própria e de vida digna no meio rural”, disse.
Minha Casa Minha Vida
O parlamentar disse que a mesma situação acontece com o programa Minha Casa Minha Vida urbano, que está com as obras de infraestrutura praticamente paradas em todo o país. “Com a falta de ação do governo Bolsonaro, milhares de trabalhadores da construção civil já foram demitidos. Se o governo não fizer os repasses atrasados no valor de R$ 450 milhões para as construtoras que atuam no programa Minha Casa, Minha Vida, o setor ameaça demitir 50 mil trabalhadores nos próximos dias. Só na região metropolitana de João Pessoa, 14 mil trabalhadores da construção civil já foram demitidos este ano. Isso representa 75% da mão de obra do setor”, alertou o deputado.
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