A Fundação Cultural de João Pessoa (Funjope) abre, nesta sexta-feira (7), às 16h, a exposição ‘Memorabília’ organizada pelo grupo de pesquisa Arte, Museus e Inclusão (AMI/UFPB/CNPQ). Sob a curadoria geral de Robson Xavier, da Universidade Federal da Paraíba (UFPB), a mostra conta com a participação de mais de 25 artistas e segue até o dia 7 de novembro.
O diretor executivo da Funjope, Marcus Alves, observou que a nova parceria com a UFPB está permitindo, inclusive, destacar e revelar artistas de uma nova geração. Ele ressaltou que esse é um dos papéis da Fundação, identificar potencialidades criativas e estimular os novos artistas. “Uma exposição desse porte dá essa contribuição. É importante para nós dar foco, destaque e visibilidade a essas novas estéticas que a nova geração pode nos propor”, enfatizou.
Colagens, desenhos, pinturas, fotografias, performance, instalação e vídeos fazem parte da exposição. Grande parte das obras é em preto e branco, sugerindo a busca de um diálogo direto com o apagamento, a memória do vazio, a ausência que se faz presente. As obras evocam uma experiência imersiva e reflexiva do visitante com a temática.
“O tema ‘Memorabília’ refere-se à questão de objetos, memórias e afetos que merecem ser guardados, que têm uma significação. A ideia foi reunir trabalhos de técnicas variadas em artes visuais que pudessem representar a perspectiva da memória para cada um desses artistas.”, declarou Robson Xavier, professor do Departamento de Artes Visuais da UFPB e curador da exposição.
Participa da exposição ainda um grupo de mulheres e idosos que, durante a pandemia, fez um trabalho remoto de fotografia digital com celular orientado pelo curador. Outro grupo é da Associação Ame Down da Paraíba, com fotos produzidas no mesmo período e que foram selecionadas para a exposição.
Os espaços – A exposição se divide em quatro ambientes. O primeiro é o núcleo Memórias, que tem uma relação direta com o período da pandemia. O segundo núcleo é chamado de Impressões. O terceiro envolve duas instalações, uma delas produzida coletivamente e é um registro de histórias e memórias de alguns participantes da exposição, com vídeos e imagens. Por último, uma instalação chamada Levante, que é uma série de objetos que têm relação com a memória, inclusive corporal.
O artista plástico Willian Macêdo, chefe da unidade Hotel Globo, afirma que o espaço está sempre aberto a parcerias com perspectivas diferentes e mostrando novas identidades artísticas. “Sem dúvida, essa é a maior exposição que o Hotel Globo realiza até o momento, tanto em quantidade de artistas como em proporção de espaço, utilizando quatro ambientes – os dois salões principais e duas salas expositivas”, ressaltou.
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