A equipe médica do Hospital Materno Infantil João Marsicano, localizado no Centro de Bayeux, na Grande João Pessoa, foi interditada eticamente pelo Conselho Regional de Medicina da Paraíba (CRM-PB), na tarde desta terça-feira (6). Com a interdição ética médica, a partir da meia-noite desta quarta-feira (7), os médicos do hospital ficam impedidos de prestar atendimento na unidade hospitalar.
De acordo com o diretor de Fiscalização do CRM-PB, João Alberto Pessoa, o Conselho foi informado que a Vigilância Sanitária havia interditado o bloco cirúrgico e a central de esterilização do hospital na manhã desta terça-feira, impedindo a realização de procedimentos e cirurgias no hospital.
“A unidade hospitalar é um maternidade. Diariamente são realizados partos e procedimentos de urgência. Diante desta situação, para evitar risco ao atendimento da população e à segurança do ato médico, decidimos pela interdição ética dos médicos até a situação do bloco cirúrgico e da central de esterilização ser normalizada”, disse João Alberto.
A Secretaria de Saúde de Bayeux informou que os problemas encontrados nas áreas interditadas estão sendo solucionados. Uma reunião com a Vigilância Sanitária deve acontecer nesta quarta-feira (7).
Ele acrescentou ainda que o CRM está aguardando que a Diretoria Técnica do hospital entregue a escala completa de plantões de pediatras, obstetras e anestesistas, assim como registre o nome do diretor técnico responsável pela unidade hospitalar no CRM.
“Verificamos que há médicos que estão com plantões de 36 horas corridas. Isso é humanamente impossível. Um plantão é 12 horas. O médico está sobrecarregado porque faltam profissionais no hospital”, destacou.
João Alberto ressaltou ainda que a interdição ética realizada pelo CRM-PB impede, exclusivamente, o médico de atender na unidade hospitalar. A medida tem o objetivo de preservar um atendimento médico de qualidade à população e também a segurança do ato médico.
G1
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