O Instituto Cândida Vargas (ICV), que faz parte da Secretaria Municipal de Saúde (SMS), vem buscando, cada vez mais, agilizar o atendimento ao seu público. Com isso, deu início, nesta terça-feira (6), ao processo de triagem com a utilização de pulseiras para identificação de prioridade, agilizando ainda mais o atendimento de urgência.
“Nós estamos instituindo diversas ações que visam melhorar um tempo que é pouco discutido, mas é importante para a assistência em saúde, que é a segurança do paciente. É um tema que está sendo debatido com a ajuda do Ministério Público e nós estamos instituindo e vamos montar um plano de ação municipal voltado para esse tema. De forma paralela, já estamos realizando ações que não eram realizadas para melhorar a segurança do paciente nas nossas instituições. Uma delas é a classificação de risco para mulheres grávidas, que está sendo implantada na Cândida Vargas. Com isso, os profissionais saberão quais os cuidados irão ofertar às pacientes”, destacou o secretário de Saúde de João Pessoa, Luis Ferreira.
A entrada de pacientes em hospitais pode ocorrer tanto de forma tranquila e controlada quanto de forma urgente e crítica. Em ambos os casos, é necessário providenciar uma forma de identificação para agilizar o atendimento e aumentar a segurança geral do hospital. Além de ser considerado critério de classificação de pacientes para determinar a ordem de atendimento e providenciar uma forma rápida e prática de indicar a sua prioridade.
“Quando a paciente chega na maternidade para recebimento do primeiro atendimento, é definida a ordem de atendimento e a previsão do tempo de espera, a partir das condições clínicas que motivaram a procurar o atendimento”, explicou o diretor-geral do ICV, Quintino Regis.
A direção explicou ainda que, ao chegar na maternidade, a paciente recebe uma primeira avaliação do problema, geralmente por enfermeiros, seguindo um protocolo médico de classificação de riscos e das necessidades do paciente, e então é direcionada a uma fila de atendimento. “Dependendo da gravidade do problema, ela será atendida imediatamente ou em poucos minutos, ou em um tempo mais longo. Isto consiste em um sistema de triagem de pacientes, que tem como prioridade o atendimento à gravidade do caso”, contou a diretora médica no ICV, Juliana Soares.
Protocolo de Manchester – O Instituto Cândida Vargas está adotando o Protocolo de Manchester, que classifica os pacientes através do uso de cores, usando pulseiras para identificá-los. Elas permitem que os enfermeiros e outros profissionais de saúde definam rapidamente qual é a situação de cada paciente e realizem um atendimento mais rápido, evitando perda de tempo no caso de uma emergência.
O sistema de cores utilizado é: Vermelho (Emergência), onde o paciente será atendido imediatamente na sala de emergência; Amarelo (Urgência), será atendido com prioridade sobre os pacientes classificados como verde no consultório ou leito da sala de observação; Verde (Sem risco de morte imediato), somente será atendido após todos os pacientes classificados como vermelho e amarelo; Azul (Quadro crônico sem sofrimento agudo ou caso social), onde deverá ser preferencialmente encaminhado para atendimento em Unidade Básica de Saúde ou atendido pelo Serviço Social. Se desejar poderá ser atendido após todos os pacientes classificados como vermelho, amarelo e verde.
Já as cores roxas são para pacientes alérgicas. A branca é para todas as pacientes internadas. A cinza é destinada para as mães que estão acompanhando seus bebês que ainda estão internados.
Segurança hospitalar – A razão de se identificar pacientes enquanto estiverem dentro do estabelecimento não se limita a organizar o serviço de atendimento. Trata-se de uma questão de segurança para todas pessoas presentes no hospital.
Segundo Juliana Soares, um dos problemas de segurança são as doenças contagiosas. “Elas representam um risco para qualquer hospital devido à possibilidade de sua transmissão, a partir de pacientes infectados, para pacientes suscetíveis, profissionais de saúde ou mesmo transeuntes e visitantes do hospital. Muitas vezes isso requer o isolamento do paciente infectado em uma área restrita e controlada. Áreas de segurança como essa exigem implicitamente a identificação de todos os que entrarem e saírem do local, incluindo o paciente”, disse a diretora médica.
Além disso, o acesso e movimentação de pessoas dentro do hospital é algo que geralmente precisa ser controlado e eventualmente negado. “As razões variam desde a necessidade de manter um ambiente calmo e tranquilo para a recuperação de pacientes, até a de evitar o contato de pacientes cujo sistema imunológico esteja fragilizado com pessoas de fora do hospital, as quais poderiam lhe trazer novas doenças. Assim, esperamos garantir maior agilidade e manter cada vez mais a qualidade da assistência com a responsabilidade com que a Maternidade Cândida Vargas sempre se propôs a ofertar”, explicou o diretor administrativo do ICV, Marcelo Melo.
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