Uma inspeção realizada nesta quarta-feira (16) resultou na interrupção de todos os procedimentos e cirurgias no Hospital Materno-Infantil João Marsicano, situado em Bayeux, Paraíba. Os partos em fase expulsiva e as consultas médicas permanecem em funcionamento. A ação foi promovida pelo Ministério Público da Paraíba (MPPB) em conjunto com a Agência Estadual de Vigilância Sanitária (Agevisa), após receber uma denúncia sobre as condições da unidade.
Conforme relatado pelo MPPB, a suspensão dos procedimentos foi imposta devido à falta de produtos de limpeza apropriados para a desinfecção do bloco cirúrgico e outras áreas críticas. A lavanderia do hospital também teve suas atividades interrompidas por conta das mesmas falhas.
Durante a inspeção, foram encontradas irregularidades que levaram à interdição do almoxarifado da unidade, onde produtos de limpeza estavam armazenados de maneira inadequada. Como resultado, foram emitidos um auto de interdição para a maternidade e um auto de suspensão, além da apreensão de insumos que não estavam em conformidade. A Notícia de Fato registrada será convertida em Inquérito Civil Público para apurar as irregularidades constatadas.
A Prefeitura de Bayeux declarou que está investigando a interdição em conjunto com a administração do Hospital Materno-Infantil.
Essa não é a primeira vez que a unidade enfrenta dificuldades. Em janeiro deste ano, o CRM-PB realizou uma inspeção que revelou a ausência de médicos obstetras e anestesistas, um problema que se arrasta desde novembro de 2023. Embora a prefeitura tenha contratado uma empresa terceirizada para preencher as lacunas, a falta de profissionais para os plantões continua.
Demócrito Medeiros, diretor geral do hospital, esclareceu que a escassez de médicos se deve a questões de saúde e problemas pessoais dos profissionais. “Tivemos um déficit em dois dias da escala, na segunda-feira e na sexta-feira, além de uma falha no plantão de domingo”, explicou.
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