Em resposta ao relatório produzido pelo Tribunal de Contas do Estado (TCE) de que acumulou seis cargos e vencimentos superiores a R$ 44 mil, o secretário de Infraestrutura do Governo do Estado, João Azevêdo, admitiu que o supersalário é absolutamente normal e legal, mesmo que acima do limite estabelecido pela Constituição Federal, e cravou ser um homem honesto.
“Eu trabalho dentro da lei. Não recebo os ‘por fora’ que muitos adversários meus recebem. Aliás, desafio a qualquer um competidor a provar que têm uma vida mais limpa que a minha. Pode ter igual, agora mais, eu desafio. Sou engenheiro da Suplan que cumpriu seu tempo de serviço, tal como os demais, e se aposentou, e sou professor concursado do IFPB. Esses são meus vínculos permanentes de trabalho, dentro da lei e recebendo pelo meu trabalho e compromisso com a causa pública”, afirmou o Secretário em matéria veiculada pelo portal ParaíbaJá.
O secretário explicou que a legislação o obriga a presidir o Conselho dos órgãos do Estado. Porém, João ressaltou que não são vínculos empregatícios, como tem sido divulgado. “Qualquer secretário de Infraestrutura, por força da legislação, é obrigado a ser presidente do Conselho dos órgãos: Docas, Cehap e Cagepa. Por conta disso, recebe um jeton de reunião. Isto não é vínculo empregatício, isto é legislação. E, desde a criação da Cagepa, que foi criado o Conselho, se estabeleceu que o secretário de Infraestrutura é o presidente do Conselho”, acrescentou.
Conforme relatório do TCE, cujas informações foram veiculadas em primeira mão pelo Blog do jornalista Hélder Moura, os vencimentos somados totalizam R$ 44.794,10. João recebeu, segundo o relatório do TCE, como secretário de Infraestrutura (R$ 17.725,61), aposentado da Suplan, na condição de inativo (R$ 15.156,65), como conselheiro da Cagepa (R$ 2.169,06), como conselheiro das Docas (R$ 1.506,99), conselheiro da Cehap (R$ 939,60) e, finalmente, professor do IFPB (R$ 7.396,19).
Os vencimentos acumulados pelo secretário do Governo do Estado João Azevedo, embora possam ser legais, causam espécie, especialmente num estado em que mais de 833 mil pessoas vivem em condição de miséria.
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