Uma estudante baiana, de 22 anos, que mora em João Pessoa vem sofrendo com uma paralisia misteriosa do lado esquerdo do corpo. Até o momento os médicos não conseguiram detectar o que vem acometendo a estagiária Yaçanã Climaco. A equipe indicou uma ressonância magnética para poder ter melhores chances de detectar o que vem acontecendo com a saúde da jovem. Sem renda para poder bancar um exame particular e temendo esperar pelo atendimento através do Sistema Único de Saúde (SUS), o namorado dela, o também estudante Daniel de Normando, de 27 anos, resolveu criar uma Vakinha – arrecadação online – no valor de R$ 850.
Desde o ano passado ela vinha com alguns problemas referentes a formigamentos pelo corpo. Yaçanã foi ao médico e ele disse que seria psicológico, então receitou alguns remédios e ela seguiu a vida.
Conforme Daniel, desde setembro ela vem sentindo os formigamentos novamente, mas acharam que poderia, mais uma vez, ser psicológico. “Na última sexta-feira ela saiu com as amigas, quando ela acordou no sábado já não conseguia sentir o braço esquerdo e a perna esquerda. Corri para o Trauma. Lá eles fizeram uma tomografia, porque até então não era AVC nem trombose. Na tomografia o médico falou que acha que viu uma mancha, e que seria necessário uma ressonância magnética”, contou o namorado da jovem.
No hospital do SUS só tem vaga para o próximo mês. “Enquanto isso ela tá em cima de uma cama, de vez em quando ela se mexe aqui e acolá, eu a levo pra tentar caminhar mas nós não queremos essa vida, é difícil até pra usar o banheiro ou vestir uma roupa”, relatou Daniel.
Como a ressonância deve demorar para ser realizada, o casal optou por uma ressonância particular, já que ela não tem plano de saúde. “Só a ressonância custa de R$ 400 a R$ 600. Eu não tenho dinheiro pra isso, nem nossa família”, disse. Foi aí que veio a ideia da Vakinha.
O estudante de administração diz que a ideia é “ver se consegue levantar pelo menos metade disso”. Porque também há outros custos adicionados ao exame, como medicações e consultas.
O objetivo da ‘vaquinha’ é arrecadar R$ 850 até dezembro para tentar ajudar na descoberta do que acomete a Yaçanã.
“É muito triste olhar para minha namorada e ver ela sem poder fazer nada. Logo ela que faz muita coisa no dia a dia. Se a gente não conseguir, teremos que tentar o SUS, por mais que isso demore”, desabafou Daniel.
Porém, caso o caminho seja buscar a ressonância pelo SUS a jovem, natural de Salvador, vai ter que largar o estágio e trancar a graduação. Daniel torce para que isso não aconteça, e que Yaçanã fique curada o mais rápido possível.
Até o momento a Vakinha conta com R$ 175 arrecadados. Faltam R$ 675 para bater a meta desejada pelo casal.
Como ajudar a Yaçanã
Você pode doar na vaquinha online ‘Ajudem Yaçanã Climaco’ criada no site Vakinha.
“A Yaçanã é uma mulher linda, divertida, alegre e muito comprometida com seus afazeres. Em 2018 encabeçou um projeto onde ela fornecia aulas pré enem para alunos negros e de baixa renda, ela fazia de tudo lá, foi um projeto magnífico, as pessoas a adoram”, escreve Daniel no site.
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