Psicóloga especialista em luto explica como gerenciar perfis de entes queridos após a morte
As redes sociais se tornaram um espaço essencial para o compartilhamento de memórias e
conexões, e essa presença digital pode continuar mesmo após a morte de um usuário. Mas o que deve ser feito com essas contas? O tema do legado digital tem ganhado cada vez mais relevância, e Simône Lira, psicóloga especialista em luto do Morada da Paz, explica que a decisão de transformar perfis em memoriais ou excluí-los deve ser planejada com antecedência e comunicada à família.
Cada plataforma tem regras específicas para a gestão de perfis de pessoas falecidas. No Facebook e no Instagram, por exemplo, os familiares podem solicitar a transformação da conta em um memorial ou a exclusão definitiva. No Google, é possível nomear um contato herdeiro, que terá acesso aos dados caso o titular faleça. Já o X (antigo Twitter) e o LinkedIn permitem apenas a remoção da conta mediante solicitação e comprovação do óbito.
Como gerenciar perfis de pessoas falecidas
De acordo com a psicóloga é fundamental que as famílias compreendam os procedimentos
de cada rede social e planejem essa gestão. Algumas medidas podem facilitar esse processo:
● Designação de um herdeiro digital: Algumas plataformas, como Facebook e Google, permitem que o usuário escolha previamente um contato de confiança para administrar sua conta após sua morte. O herdeiro pode fazer postagens em nome do falecido e gerenciar pedidos de amizade, mas não pode acessar mensagens privadas.
● Transformação em memorial: No Facebook e Instagram, a conta pode ser mantida como um espaço de homenagem, com a indicação de que o usuário faleceu. Isso
impede login na conta, mas permite que amigos e familiares continuem deixando mensagens.
● Exclusão da conta: Em redes como X (Twitter) e LinkedIn, a única opção disponível é a remoção definitiva do perfil, mediante envio de documentação comprobatória.
O que diz a legislação brasileira sobre perfis de falecidos?
Atualmente, não há uma legislação específica no Brasil sobre o destino de perfis digitais após a morte. No entanto, um projeto de lei em tramitação busca regulamentar essa
questão. O Projeto de Lei 1689/2021 estabelece que herdeiros legais podem acessar, editar ou transformar perfis de falecidos em memoriais, além de exigir que provedores excluam os
dados de usuários que não tenham sucessores legítimos. Caso o falecido tenha manifestado em testamento o desejo de manter suas informações em sigilo, esse direito
deve ser respeitado.
O tema do legado digital mostra a importância do planejamento não apenas financeiro, mas também emocional e tecnológico. Decidir o que será feito com as redes sociais e deixar orientações para familiares pode facilitar o processo e garantir que a memória daqueles que
partiram seja preservada da forma desejada.
Morada da Memória
Além das redes sociais, há outras formas de preservar e homenagear a memória de quem partiu. O Morada da Paz oferece a plataforma Morada da Memória, um espaço virtual
dedicado a lembranças e tributos. Criada em 2020, a ferramenta já ultrapassou 160 mil homenagens publicadas em mais de 15 mil memoriais ativos, permitindo que familiares e amigos compartilhem mensagens, fotos e recordações de maneira acessível e duradoura.
Disponível para clientes do Morada da Paz e Morada da Paz Essencial no Rio Grande do Norte, Pernambuco e Paraíba, a plataforma pode ser acessada pelo site
www.moradadamemoria.com.br, onde é possível acessar o perfil de entes queridos atendidos pelas empresas.
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