Embora esse mês de novembro seja dedicado a prevenção do câncer de próstata, a nutróloga e médica do esporte, Clarissa Rios, alerta sobre as alterações metabólicas no gênero masculino, como a redução da testosterona que se detectadas precocemente, pode evitar o surgimento de diversas doenças.
“Assim como as mulheres entram na menopausa que é um marco de redução da produção hormonal e de grandes mudanças físicas e emocionais, os homens, em proporção semelhante, apresentam a Deficiência Androgênica do Envelhecimento Masculino (DAEM), marco do processo de envelhecimento masculino, caracterizado pela redução da produção de testosterona”.
Homens têm menor expectativa de vida do que as mulheres. Conforme a especialista, os homens morrem mais e mais cedo porque apresentam maior incidência de comportamentos de risco como: tabagismo, elitismo, direção ofensiva, entre outros. “Mas também porque não têm uma rotina de realização de consultas médicas como as mulheres que anualmente vão ao ginecologista”, lembrou.
A falta de rotina de exames e consultas médicas pode levar ao sub tratamento de doenças como o DAEM, responsável por diversas alterações clínicas durante o processo de envelhecimento.
Clarissa Rios falou da importância da testosterona que é um hormônio fabricado pelos testículos do homem e em menor quantidade pelos ovários e glândulas suprarrenais da mulher e que apresenta importantes funções anabólicas (crescimento e manutenção da massa muscular e óssea) e androgênicas (as características sexuais secundárias masculinas como barba, voz grave e pelos).
Segundo ainda a nutróloga e médica do esporte, a testosterona atua principalmente sobre as zonas de crescimento dos ossos, influencia o desenvolvimento de praticamente todos os órgãos do corpo humano e tem impacto direto na distribuição da gordura corporal, dando a nítida diferença entre a silhueta masculina e feminina.
Ela ainda informou que quando os níveis de testosterona estão alterados, os homens e mulheres podem apresentar sintomatologia importante. “Como estamos no Novembro Azul, vamos falar sobre os impactos no sexo masculino, os quais são mais marcantes a falta da libido, redução na potência e tempo de ereção e a perda severa de massa muscular (sarcopenia). Enfim, a redução de testosterona implica em um envelhecimento do metabolismo masculino”, disse.
Mas existe uma forma de prevenir a perda inevitável desse tipo de hormônio a medida que os anos passam, por meio de uma alimentação adequada, principalmente rica em verduras, legumes e frutas, como também, a realização de treinamento de força regularmente que estimula o crescimento muscular. “Imaginem só que a expectativa é a perda de 10% da massa muscular a cada 10 anos, após os 50 anos”, alerda a médica.
Clarissa Rios também destacou que para controlar a testosterona é necessário diminuir o estresse e ansiedade. “Estes estados emocionais aumentam a secreção do cortisol, hormônio contrarregulador da testosterona, reduzindo a sua secreção. Portanto, quem leva uma vida mais saudável e regula melhor o humor, tende a ter menores alterações na secreção de testosterona durante o envelhecimento”, adiantou.
A nutróloga e médica do esporte destacou que mesmo com o estilo de vida mais saudável, existe a tendência metabólica da redução de testosterona a cada década de vida, principalmente após os 50 anos de idade, mas existem formas de tratamento da falta do hormônio que pode ser suplementado por via oral, intramuscular ou implantes no tecido de gordura sob a pele, e apresenta inúmeros benefícios, como a restauração de massa óssea, melhora da força muscular e composição corporal, restauração da libido e função sexual.
Os níveis de testosterona podem ser diagnosticados por meio de exames laboratoriais e sinais clínicos.
Para saber mais sobre o assunto os interessados poderão seguir o perfil da médica nas redes sociais: @dra.clarissa_rios
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